segunda-feira, 5 de junho de 2017

VIAGEM DA FELICIDADE - PARTE II

RITA TEIXEIRA
Ao amanhecer, retomamos a viagem de regresso, cansados, mas ainda eufóricos levando a felicidade connosco. Entramos no comboio, reparamos que havia um passageiro a mais, era a Tristeza. De certeza que estava ali para murchar a alegria, conseguiu, porque em momento algum não deixou de fixar a alegria. A felicidade não a largou e ela foi-se soltando. A tristeza perdera, no entanto ficou na carruagem. Não sabíamos o porquê. O comboio iniciou a viagem. Este não pararia nos apeadeiros quando parou na primeira estação, entraram o luxo e a espampanância com o intuito de ridicularizar a simplicidade. Quase conseguiam, porque ela encolheu se toda no banco. Aí a felicidade interveio e disse-lhe: não fiques assim. A beleza está nas coisas mais simples! Um pequenino toque faz toda a diferença. A simplicidade ficou mais animada e os dois passageiros sentaram-se meio encolhidos. Retomamos a viagem um pouco desanimados com a presença deles.Na estação seguinte entrou a humilhação que tinha ido para ridicularizar a amizade e o amor. Mas saiu-lhes o tiro pela culatra, porque não conseguiram cortar os laços que uniam estes sentimentos. Chegados ao destino, a felicidade congratulou os sentimentos nobres que tinham feito a viagem com a dignidade e honestidade de valores que são tão raros nos dias de hoje!

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