sábado, 1 de abril de 2017

TRIÉNIO PASCOALINO (2014/015/017)

TEIXEIRA DE PASCOAES
CRÓNICA DE ANTÓNIO PATRÍCIO
Se houve alguém que amou a sua Terra de uma forma universal e “quase” transcendente foi Teixeira de Pascoaes. Portanto, merece, por direito, ser recordado, revisitado, estudado, reencontrado e, por que não dizê-lo, elevado ao pedestal supremo da cultura e do pensamento. Pascoaes, o poeta da saudade, da paisagem, das biografias dos santos e dos heróis, do pensamento português da universalidade do homem e de outros escritos onde a transcendência do Ser levaram e levam alguns estudiosos a apelidá-lo de “Mestre espiritual” esteve em Amarante em toda a sua plenitude.

Pascoaes, como ninguém, soube cantar Deus e o Diabo, o rio e as serras, a terra e o céu, o homem e o Ser.

Amarante soube viver, de novo, Teixeira de Pascoaes e, se em tempos ainda não tão distantes quanto isso, houve uma geração que soube colocar Pascoaes entre os maiores, nos tempos que correm emerge todo um conjunto de especialistas, estudiosos e pensadores de renome que, se esforçam por manter e garantir que este nosso grande Poeta continue a ser lido, estudado, pensado e compreendido em todo o seu legado não só no presente mas, acima de tudo, no futuro.

É imperativo que a semente humana, filosófica, religiosa do Poeta prodigioso do Marão continue a ser lançada à Terra por forma a germinar em toda a sua beleza e pujança. Foi, aliás, o que fez Sofia Carvalho, apaixonada por Pascoaes desde os bancos da escola, ao organizar e promover este “Triénio Pascoalino” que tanto enobrece Amarante, as suas Gentes e Portugal.

Sofia Carvalho soube e sabe ouvir e sentir Pascoaes e, auxiliando-se da vontade do Município de Amarante em levar as pessoas a conhecer cada vez mais e melhor o seu Poeta, agendou e bem a terceira parte do Congresso para a Terra que o viu nascer, viver e morrer e que, orgulhosamente, guarda o seu legado físico, espiritual e material. 

Um bem-haja ao município de Amarante na pessoa do seu Presidente Dr. José Luís Gaspar; um reconhecimento, como amarantino e apaixonado por Pascoaes, a Sofia Carvalho e a todos quantos tiveram e tomaram parte activa neste Congresso que pôs portugueses, espanhóis, italianos e brasileiros, de mãos-dadas, a falar, sentir e viver Pascoaes.

Foram cinco dias de intensa actividade física e intelectual, durante os quais, Amarante esteve à altura das mais prestigiadas e cultas cidades, não só, da Europa como do Mundo.

Parabéns, Pascoaes merece.    

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