LIANE SANTOS |
Ao longo deste ano de colaboração, todos os meus textos assentaram sobre as várias áreas da fisioterapia. No entanto, não se devem esquecer que apesar das várias áreas, em todas elas tratamos o utente como um todo. A verdadeira fisioterapia, não é quantidade, é qualidade. Não precisamos de 20 sessões todos os dias para tratar uma lombalgia, por exemplo. A fisioterapia continua ainda mal representada, seja por profissionais liberais pontuais mas principalmente pelas prescrições médicas feitas e realizadas em clínicas convencionadas com o Sistema Nacional de Saúde ou Seguradoras. Nos quais, são 4 a mais utentes por hora, realizados a todo o vapor por vários fisioterapeutas, muitos dos quais esgotados a nível físico e emocional, mas que dependem do mesmo para o dia-a-dia.
A FISIOTERAPIA é muito mais do que na realidade a maioria conhece. Já nem falo da, infeliz, comparação da fisioterapia à massagem. Se massagem fosse fisioterapia ela teria sido mais do que uma aula num semestre inteiro de uma licenciatura.
A chave para a mudança de mentalidade é a educação para saúde, o aumento da literacia em saúde. Só o conhecimento das pessoas é que pode mudar a actualidade e cabe a nós, fisioterapeutas, assim como aos restantes profissionais de saúde elucidar acerca, dignificar e nunca menosprezar o trabalho do outro. As guerras entre profissionais distintos e mesmo entre pares são desnecessárias, “há trabalho para todos”. E quem se preocupa com o vizinho do lado estar melhor, do que a estar a fazer um bom trabalho, o insucesso chega com certeza. Quem trabalha bem, terá sempre a sua recompensa.
Isto é apenas a minha visão e responsabilizo-me pelas palavras escritas.
Com isto, me despeço de todos vós. A minha colaboração com a BIRD Magazine, termina hoje. Foi um ano bastante enriquecer. Isto não é um adeus, é um até já (quem sabe). OBRIGADA!!!
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