(PARTE I – PASTA DENTÍFRICA)
INÊS MAGALHÃES |
Perante um mercado cada vez mais abrangente e com mais escolhas disponíveis, por vezes torna-se difícil escolher qual ou quais os produtos mais adequados para cada pessoa. Seja pelo preço, pela embalagem ou até mesmo pela publicidade, somos influenciados a escolher um produto em detrimento de outro. Mas será essa a melhor atitude?
No que diz respeito à higiene oral básica, é importante que, desta, façam parte uma escova dentária e uma pasta dentífrica. Para complementar esta higiene, é importante o uso do fio dentário e/ou escovilhão interdentário. Por vezes, torna-se necessário o uso de um colutório/elixir em situações de patologia oral. Mas como escolher?
Em relação à pasta dentífrica esta deve obedecer a alguns critérios básicos, independentemente da marca comercial.
O primeiro é a quantidade de flúor
Um adulto deve usar um dentífrico com uma quantidade entre 1000 a 1500 ppm de flúor (esta informação vem disponível na parte posterior da pasta, junto à sua composição). Por sua vez, uma criança até aos 6 anos de idade, pode ainda não ter destreza suficiente para cuspir, havendo risco de engolir a pasta, por isso deve usar apenas 1000 ppm de flúor, nunca uma quantidade inferior. Pode, contudo, usar a quantidade igual a um adulto, logo que não engula a pasta. A partir desta idade a criança já pode, e deve, usar entre 1000 a 1500 ppm de flúor.
O segundo é a existência ou não de materiais branqueadores
Está provado cientificamente que estes materiais não são adequados para uma boa saúde oral. Isto acontece porque eles apenas vão atuar na parte mais externa do dente (esmalte dentário), removendo algumas manchas/pigmentos superficiais, mas de forma muito abrasiva, ou seja, funcionando como um esfregão de arame. Assim, aumentam as perdas de materiais naturais do dente e que o protegem, ao mesmo tempo que “riscam” os dentes ao invés de os protegeram. Deste modo, os dentes tornam-se mais “fracos”, aumentando a sensibilidade dentária, bem como outros problemas orais.
O terceiro, e último, está relacionado com a presença de componentes específicos
Por vezes é necessário o uso de pastas dentífricas específicas para determinadas pessoas/problemas orais, como por exemplo o sangramento gengival ou a sensibilidade dentária. Estas são recomendadas pelos profissionais de saúde oral e devem ser usadas pontualmente e não de forma continuada.
Em suma, uma pasta dentífrica deve ter uma composição em flúor entre 1000 a 1500 ppm, não ter materiais branqueadores e, em situações pontuais, devem ser usados componentes específicos. Em relação à marca comercial, preço ou publicidade, adquira aquela que melhor lhe agradar, logo que obedeça a estes critérios.
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