ANTÓNIO FERNANDES |
Os pilares de uma boa campanha politica serão sempre:
A proximidade;
O programa politico;
A credibilidade;
Haverão com certeza os teóricos da macroeconomia que defenderão o desenvolvimento e a inovação da urbe; haverão também os teóricos da arquitetura que defenderão visões especificas para o espaço urbanizável; haverão os pseudo estrategas futuristas com soluções para o presente pensando que esse mesmo presente será estático; haverão os desportistas pedonais, os ciclistas, os peões, os artífices das artes e dos ofícios, e muitos outros, com soluções de algibeira para a solução imediata.
Haverão os pensadores: - Os académicos e os tecnocratas;
Haverão os iluminados: - Os portadores de soluções decalcadas de outras realidades que não são exequíveis em realidade diferente por usos e costumes diferentes;
Haverá de tudo aquilo que se dispensa por já ter perdido a sua oportunidade num tempo em que a sociedade está em mudança permanente.
Daí que, a proximidade de quem se candidata, ao cidadão eleitor, de quem colherá todo o saber e a informação necessária sobre as carências sociais, a envolvência quotidiana e demais informações sobre a qualidade e as condições de vida, sejam vitais para estruturar os alicerces de uma boa campanha.
Campanha essa que terá de ter como suporte documental um programa exequível aonde estejam exaradas soluções para os problemas que afetam o cidadão em todas as vertentes assim como a explanação daquilo que é o ideário do candidato sobre:
- O modelo da educação na alçada do Município que compreende o primeiro e o segundo ciclo mais o ensino secundário;
- A componente ambiental com predomínio para a perspetiva paisagista urbana e de orla florestal;
- A agenda cultural que pretende implementar de que se apurem: o lúdico, o erudito, o popular e outros, em que objetivamente se identifiquem os espaços públicos afetos e as valências a implementar nos citados;
- Da arte urbana e ambiental;
- Da arte arquitetónica prevista;
- Das soluções para o edificado publico em que a traça arquitetónica deve ser preservada como sendo parte da memória coletiva;
- Da criação de um museu da memória aonde se aglutinem todas as valências daquilo que é a história da cidade e dos seus cidadãos;
- Das soluções previsíveis num tempo em que a inteligência artificial se desenvolve com celeridade;
- Da afetação de meios para a implementação do funcionamento em rede de toda a informação disponível sobre eventos, serviços e outros;
- Da criação de soluções em plataformas de disponibilização do serviço de transporte mais adequado e o mais direto possível para o destino pretendido;
- Da reestruturação dos espaços industriais e comerciais proporcionado as condições adequadas a todos os seus utilizadores sejam eles clientes, empresários ou assalariados e outros;
- Das politicas que visem a revitalização económica do comercio tradicional e das industrias artesanais de exploração familiar;
- Das politicas que visem o aproveitamento do espaço agrícola disponível;
- Da delegação das competências legais nas Uniões de Freguesias;
- Da disponibilidade para apoiar e facultar os meios ao seu alcance para que nas Freguesias se apure por meios democráticos o seu acordo ou desacordo com as agremiações que lhes foram impostas;
- Entre outros;
Do somatório conclusivo das reformas politicas necessárias a fazer no Concelho, surgirá um documento, o Programa Eleitoral, com o qual os cidadãos se identificarão, ou não. Sendo que, esse Programa Eleitoral tem um peso significativo no eleitorado em que a literacia cunha o seu perfil. Um segmento social com relevância importante por ser aonde a abstenção é menos usual a que acresce o eleitorado que vota pela primeira vez. Um eleitorado volátil por não se identificar politicamente, mas que está atento ao trajeto e intenção dos candidatos sendo de importância relevante a sua conquista para uma causa que lhe é diretamente afeta.
Sobre a credibilidade é importante referir que se trata de um valor incrustado na matriz cultural que nos foi legada ao longo de gerações.
É uma valência cultural muito ligado ao afeto que se é capaz de transmitir. Não é simplesmente o resultado de uma vontade individual.
A credibilidade é sempre o resultado da conduta tida ao longo de um percurso julgado pelos pares em que são estes que passam a informação de abrangência adequada sobre o candidato e o seu perfil.
Não cabe ao candidato dizer-se sério se os seus interlocutores pensarem o contrário.
Aquilo que lhe compete é mostrar-se. Ser genuíno. Dizer o que quer e o que não quer.
Ao cidadão eleitor cabe a reserva de julgar o que ajuizar sobre a idoneidade e a credibilidade do candidato que se lhe apresenta.
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