TÂNIA CARVALHO |
Quando vemos uma criança com comportamentos desafiantes e opositores, surgem facilmente aspetos como, “criança mal-educada”, “faz birras”, “não respeita regras”… No entanto, a Perturbação Desafiante de Oposição existe e é bem mais complexa do que uma simples birra.
Esta perturbação é caracterizada por um padrão persistente de desafio, desobediência e hostilidade para com as figuras de autoridade, tal como pais e professores. De modo geral, as crianças mais pequenas com esta perturbação apresentam altos níveis de intolerância à frustração, têm dificuldade em adiar a gratificação e perdem facilmente o controlo. As crianças mais velhas com esta perturbação respondem aos pais, revelam problemas de comportamento passivo-agressivo e são descritas como teimosas e propensas a discussões.
A criança/ adolescente pode apresentar alguns dos seguintes sinais/ sintomas: frequentemente perde o controlo; com frequência é suscetível ou facilmente incomodado pelos outros; sente frequentemente raiva e ressentimento; discute frequentemente com adultos; com frequência desafia ou recusa cumprir pedidos de figuras de autoridade ou regras; com frequência, aborrece deliberadamente outras pessoas; com frequência culpa os outros pelos seus erros ou mau comportamento.
Quando a Perturbação Desafiante de Oposição é persistente ao longo do desenvolvimento, os indivíduos com a perturbação tendem a vivenciar conflitos frequentes com as pessoas com quem mantém contato.
Isto pode resultar em prejuízos significativos no ajustamento emocional, social, académico e profissional do indivíduo.
Por fim, é importante referir que o diagnóstico deve ser feito por um profissional da Psicologia e/ou Pedopsiquiatria e é realmente importante implementar soluções psicoterapêuticas.
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