ANTÓNIO PATRÍCIO |
Páscoa é sinónimo de vitória da Vida sobre a morte para os que acreditam na existência de um SER superior.
As religiões deram-Lhe os mais variados nomes e, cada uma à sua maneira, preparam e festejam este dia na continuidade da tradição herdada dos seus de antanho. No entanto, sem sombra de dúvidas, todos celebram a alegria da ressurreição do Homem que foi capaz de contrariar a morte e de a relegar para um estatuto e plano secundário castrando-lhe a identidade e subvertendo-lhe a intenção.
Este exemplo levou o homem de fé a ver a morte como uma porta que se abre para a Vida – não que o separa da vida – para a Vida plena de felicidade, de regozijo, de partilha de “espaço” com o SER criador. O SER universal.
Podemos dizer que viver e morrer são coisas naturais pois, como diz o povo na sua sabedoria ancestral, “seja pobre ou rico ninguém cá fica” apesar de todos estarem pejados de uma impreparação, que mete dó, para enfrentar esse dia. O momento surge e o homem sucumbe, volta a ser pó a sua parte física, material, visível. O espírito, esse, não é temporal pelo que volta para o éter eterno onde o SER habita.
Como seres pensantes que somos temos, por obrigação e, por que não, por devoção e dever, festejar o dia de Páscoa não só por acreditarmos na ressurreição mas, também, como reconhecimento ao Homem que morreu cruxificado por amor ao seu semelhante. Este amor foi e é incondicional e incomensurável.
Sejamos mensageiros da Alegria com que o dia de Páscoa nos alimenta e capazes de saber partilhá-la com os nossos iguais.
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