sábado, 10 de março de 2018

O MUNDO DE HOJE

JOÃO RAMOS
A proliferação de más notícias é uma das razões, pelas quais, as pessoas subestimam o progresso da humanidade. No entanto, o mundo de hoje, possui um rendimento 100 vezes superior, ao que se registava há dois séculos atrás e ao contrário, do que se possa pensar, a sua redistribuição é muito mais equitativa. O número de pessoas mortas anualmente em guerras baixou, mais de 75%, desde 1980. Durante o século XX, os Europeus reduziram as probabilidades de morrer num acidente automóvel, em 96%, de perecer no incêndio, em 92% ou de ter um acidente de trabalho fatal, em 95%. O comércio e a tecnologia permitiram espalhar técnicas de produção e bens pelos países menos desenvolvidos, diminuindo a desigualdade. A maioria do povo português goza de luxos, completamente fora do alcance dos mais ricos, no século XIX, como ar condicionado, electricidade e televisão a cores. As melhorias da medicina e da higiene contribuíram para aumentar a esperança de vida e novos electrodomésticos, permitiram poupanças de tempo em tarefas domésticas, que pode ser utilizado, numa variedade de tipos de entretenimento, impensáveis, há 50 anos atrás.

Em todo o mundo, o QI tem vindo a aumentar, com 98% da pessoas a apresentarem melhores resultados, nos testes, do que as populações do seculo passado. As crianças estudam durante mais tempo e beneficiam com os estímulos gerados por novos símbolos visuais, como mapa digitais, que os tornam mais inteligentes. Em 1900, apenas 1% da população vivia sob regimes democráticos, sem possibilidades de votar e sem direitos universais, como saúde e educação. Hoje, 2/3 da população está sob alçada de regime democráticos, e mesmo as ditaduras, tendem a ser menos severas, do que aquilo que acontecia no passado, com destaque para a China. Dos 52 países analisados pelo Índice da Felicidade, 45 registaram melhorias, entre 1981 e 2007, em linha com o aumento do rendimento bruto. Hoje, apenas 59% das pessoas são religiosas, o que significa que assim que a população vai enriquecendo, torna-se menos crente e toma decisões mais eficientes. Apesar das inúmeras ameaças, como o Brexit, as alterações climáticas ou a Coreia do Norte, o mundo é hoje, um lugar muito melhor para se viver. No entanto, escudados na proliferação de falsas noticias, muitos grupos extremistas procuram lançar uma imagem contrária. Os meios de comunicação social deveriam procurar conter o efeito e propagação destas ideias, no sentido de evitar o surgimento ou retrocesso civilizacional.

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