sábado, 30 de novembro de 2013

A MINHA PLAYLIST COM… ÁLVARO LIMA CAIRRÃO

A edição de fim de semana da Rota dos Sentidos abre com as escolhas musicais de Álvaro Lima Cairrão, professor no Departamento de Letras, Artes e Comunicação da UTAD.

Álvaro Lima Cairrão
DR


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

GARGALHAR É O VERBO

Esta semana o Presos na Rede quer-se bem-disposto. É fim-de-semana, o mês está a dar as últimas e o ano a caminhar para o fim. Gargalhar pode perfeitamente ser o verbo para isto tudo. Gargalhem com estes conteúdos, porque isso ainda não é taxado, porque isso é meio caminho andado para que este fim-de-semana comece bem.

SOLIDÃO

Gabriel Vilas Boas
DR
Hoje, quando me cruzo na rua com muitas pessoas e olho com atenção os seus olhos, vejo que estão tristes, profundamente tristes. Uma tristeza comprida e sem memória já de quando e onde começou. Com facilidade percebo que são pessoas em solidão. Normalmente são velhos. 
É curioso pensar como associamos estas duas ideias: velhice e solidão! Não só associamos como deixamos que tal estereótipo entre pela nossa alma adentro e a capture como se dum fatalismo se tratasse. A realidade mostra-nos o contrário: há pessoas solitárias em todas as idades: adolescentes, jovens, adultos. 
Em todas as idades encontramos pessoas que sofrem duma profunda sensação de vazio e isolamento, que acusam a ausência de companhia! Todavia, para todos parece haver uma solução, exceto para os velhos. Ora, isto não é verdade, mas pode tornar-se. Especialmente se acreditarmos nisso como uma verdade incontornável. E não é!
Pensamos que estamos sós, bebemos o fel da solidão, quando pensamos que já não importamos para ninguém, que já não temos préstimo nenhum para os outros e para o mundo. Vivemos em solidão quando deixamos de ter a atenção dos que nos são próximos e queridos; vivemos em solidão quando notamos que somos peças dispensáveis na engrenagem da vida dos outros; vivemos em solidão quando somos tratados com uma deferência caridosa que nos humilha e amesquinha. 
E quem é o responsável por tudo isto? Mentirosamente, dizemos que é a vida; o nosso coração acusa familiares, amigos, conhecidos. 
Tenho pena que não façamos uma reflexão mais profunda e percebamos que a solidão chegou no momento em que deixámos de amar a vida e deixámos de gostar de nós. A solidão serve para lembrar que a vida é um jogo maravilhoso, mas que não admite desistências. Não é porque o corpo ou a cabeça não corresponde com a mesma prontidão que deixamos de ter competências extraordinárias que nos permitem realizar coisas fantásticas.
Somos interessantes para os outros quando jamais permitirmo-nos deixar de ser fundamentais para nós próprios.
Há uma ética fundamental da vida que nunca poderemos esquecer: temos de honrar cada dia que temos o privilégio de viver. A solidão é um vírus que toma conta da nossa alma quando não o sabemos neutralizar na nossa cabeça.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A MINHA PLAYLIST COM... JOSÉ BELO

José Belo
DR


José Manuel Cardoso Belo é o Presidente da Escola de Ciências Humanas e Sociais, uma das escolas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
A Bird Magazine quis conhecer os gostos musicais de José Belo. Porém, engane-se quem pense que o convidado desta edição tem um top 3, top 5 ou mesmo top 50: “não vejo a música, nem as chamadas artes, em geral, por tops, mas apenas por 'moods'. Hoje estou num modo e amanhã noutro”, refere.

Fique a conhecer o 'mood' atual do convidado de hoje:

AJUDAR ALÉM DA ACADEMIA

O Núcleo de Estudantes de Línguas (NEL) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a levar a cabo uma iniciativa carregada de solidariedade e de boa vontade.
O NEL está a recolher tampas para ajudar a Joaninha, uma menina de Abambres (Vila Real) que precisa de uma cadeira de rodas.
“Para nós é lixo, para ela é a garantia de poder passear pelo mundo com mais liberdade", pode ler-se na página do Facebook daquele núcleo de estudantes. 
André Moreira, presidente do NEL, realça : "nós simplesmente achamos que a academia não podia ficar indiferente a este apelo e pusemos mãos à obra".
Os depósitos de tampas podem ser encontrados no bar do Complexo Pedagógico e Laboratorial da UTAD. 
A par destes jovens estudantes, várias foram as instituições que abraçaram esta causa.

UMA QUESTÃO DE BONDADE

Anabela Borges
DR
“Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. 
Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida”.
Lao-Tsé

Por estarmos a um mês do Natal, lembrei-me. Mas não voltarei a falar nisto até lá.
Dialogar, faz falta dialogar, falta ler o outro com atenção, sem palavras fúteis e gestos ensaiados.
A notícia, ouvida este mês, refere que “a Caritas Portuguesa registou no último ano um aumento de 20% nos pedidos de ajuda de famílias portuguesas afectadas pela crise económica, que atingiu até classes sociais impensáveis”. E isto dá que pensar.
A palavra caridade parece-me, a mim, mais só, mais individual, mais directa e tristonha do que a palavra solidariedade. A palavra caridade é mais cara-a-cara, mais pessoal, mais eu-tu.
Se formos ao dicionário, “caridade” é “acto de beneficência que exclui qualquer direito do beneficiário e é independente do interesse do benfeitor”. Que frio que isto parece, analisado assim à primeira vista! Mas não é. Não é, se tivermos em conta que há uma relação muito mais próxima entre o beneficiário e o benfeitor, em que ambos se conhecem melhor, podendo, assim, a ajuda ser mais adequada, mais certeira. Bem, assim era, pelo menos há uns anos atrás. Antigamente, praticava-se muito a caridade. Isso era BONDADE. Eu lembro-me tão bem de a minha mãe dar a sopa aos pobres na nossa cozinha. Lembro-me, e dói-me, que hoje raramente alguém faz isso a título individual. E pelos mais variadíssimos motivos, é certo: as pessoas têm medo, não se pode confiar em ninguém, os tempos são difíceis…
Já a solidariedade é uma caridade assim em massa, que se enrola como um bolo gigante, fermenta, coze-se e depois parte-se em fatias e distribui-se. É uma coisa mais generalizada, que não corresponde necessariamente às necessidades das pessoas. 
A caridade dos nossos dias não é uma caridade porta a porta, cara a cara, mão a mão.
Hoje, fala-se em campanhas de solidariedade. E nós lá vamos, deixamos o bem alimentar no saco de plástico à saída do supermercado, e dizemos, para dentro e para fora da nossa comiseração: “Já contribuí com a minha parte”.
É uma forma de ajudar. Pois. Mas todos podemos, e temos por obrigação, fazer muito mais. 
Ouvi falar aqui de uma família que recebe desses subsídios para estar em casa sem trabalho (todos nós ouvimos falar de famílias assim). Ouvi dizer que a senhora, mãe dessa família, oferece os bens alimentares, que lhe são doados pela Cruz Vermelha, a uma vizinha, pois diz que não tem “o hábito de cozinhar”. Quando, na escola, a professora perguntou aos filhos dessa família o que comiam, disseram que, quando havia comida, eram bolos, batatas fritas de pacote, comidas ensacadas e enlatadas, e bebiam leite e refrigerantes, ao que a professora verificou que, tirando a refeição que faziam na escola, aquelas crianças não comiam nada que tivesse préstimo. Não há organização, o dinheiro é gasto ao trouxe-mouxe, gasta-se logo ao início e durante o resto do mês passa-se fome. 
E o que fazemos nós? 
Grande caridade seria ajudar a formar pessoas para a vida, em família e em sociedade, e isso apenas se consegue se fizermos todos um pouco. Eu acredito que isso seria uma obra de caridade: ensinar as pessoas a arrumar a casa, a cozinhar, a ter higiene, a cuidar dos filhos, a tratar das roupas. Talvez essas pessoas começassem a sentir auto-estima e orgulho por cuidarem das suas famílias. Acredito que os velhos hábitos também podem ser desinstalados, porque as pessoas têm de se sentir úteis e motivadas para a vida. 
A caridade é um valor a praticar todos os dias. Reforcemo-la no Natal (por que não?), mas tenhamo-la à saída da boca e das mãos, nas palavras e gestos do quotidiano.
Se repararmos bem, passamos a vida a acumular coisas que não nos fazem falta; passamos o tempo a correr, muitas vezes, para irmos parar a um sítio onde já estávamos. Mas será que conhecemos a miséria que vive na nossa rua, no nosso bairro? As angústias? As solidões? Por vezes, bastará darmos um passo para o lado, para vermos as coisas noutra perspectiva. 
A desgraça pode calhar a qualquer um. Se falhamos um pé, um passo apenas, isso pode ser o suficiente para sairmos do caminho em que caminhávamos. 
Há muito que esquecemos de dar e pedir o que necessitamos – e, às vezes, pode ser só uma palavra, um abraço. 
Dialogar: ouvir no silêncio do outro as palavras que traz presas na garganta num enredo de fios que o abafam e calam: nós.

LUÍS MENDONÇA: “(...) ENQUANTO JORNALISTA, TIVE QUE SER SEMPRE O MESMO, EM QUALQUER SITUAÇÃO.”

Luís Mendonça na palestra Ser Profissional de Comunicação
 Além-Fronteiras: Que desafios?
UTAD  
Diz o povo que o homem é o reflexo do seu trabalho. Luís Alberto Loureiro Mendonça é, então, o reflexo de uma vida dedicada ao jornalismo. Com 50 anos de idade, o seu percurso profissional já se cruzou com a Agência Lusa, com a SIC, com a TSF e com a Voz de Trás-os-Montes.
Participou e organizou um sem número de atividades relacionadas com a área do jornalismo. Foi repórter no Kosovo em julho de 2000 e em Timor em janeiro de 2004. Venceu o Prémio Europeu de Jornalismo em 2009, na categoria de Rádio. Prémio, esse, atribuído pelo Parlamento Europeu à sua reportagem: “Um dia com a eurodeputada Elisa Ferreira”
Atualmente é diretor da Universidade FM, tesoureiro da direção da Rádio Universidade Marão, Vice- Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Radiodifusão, Secretário da Mesa da Assembleia Geral da Federação Portuguesa das Rádios Privadas.
A BIRD MAGAZINE foi conhecer um pouco melhor este profissional. Depois da sua participação na palestra Ser Profissional da Comunicação Além-Fronteiras: Que desafios? Que teve lugar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), na passada semana.

Daniela Pereira (DP): O seu percurso conta com experiência no jornalismo regional e no jornalismo nacional e internacional. Pode-nos descrever as principais disparidades que encontrou entre eles?

Luís Mendonça (LM): Aquilo que aprendi em todos as experiências que vivi demonstrou-me que enquanto jornalista, tive que ser sempre o mesmo, em qualquer situação, sempre munido das melhores ferramentas que adquiri ao longo do tempo de aprendizagem e de profissão.

DP: Foi repórter no Kosovo em 2000 e em Timor em 2001, como é que descreve essas experiências? Quais foram as maiores dificuldades? Voltava a repetir?

LM: As experiências foram extraordinárias porque estava em contacto diário com o trabalho dos militares portugueses, e acompanhava de perto todo o seu trabalho. Como é fácil de perceber, em Timor senti-me mais realizado, pelo facto de ser mais fácil comunicar com os locais (os mais velhos ainda falavam português) e porque os timorenses mostravam um carinho especial pelos portugueses.
A maior dificuldade foi a forma como estava integrado, dentro de uma organização, NATO, no caso do Kosovo e ONU, no caso de Timor, que de certa forma condicionavam o trabalho. De qualquer forma fui para estes dois cenários sabendo que iria estar sempre integrado nessas duas organizações. Na realidade, enquanto jornalista de um meio de comunicação social local, ou regional, não tinha outra possibilidade que não esta, de poder ter este contacto. Nos dois casos, fui com a tropa portuguesa para os dois cenários e com eles vivi enquanto lá estive.
Gostava de poder regressar principalmente a Timor, para poder ver as diferenças que encontrava.

DP: No seu curriculum podemos verificar que realizou um curso de segurança e defesa para jornalistas, em que medida é que sentiu que esse curso era importante para o desempenho da sua profissão?

LM: Para mim, que fui militar e que já tinha vivenciado estas duas situações em palcos de conflitos armados, o curso foi muito interessante, porque me deu mais ferramentas de organização do nosso país nestas áreas, mas parece-me que de uma forma geral, o curso fazia bem a qualquer tipo de jornalista, porque nos enriquece muito, permite-nos perceber melhor como é que Portugal está organizado em questões de defesa e segurança.
   
DP: Como profissional, como é que vê o futuro do jornalismo?

LM: O jornalismo parece estar a viver uma nova fase, já passou por muitas e foi-se sempre adaptando, desde o jornalismo escrito, ao radiofónico, passando pelo televisivo e pelo que se faz através da internet.
Até hoje, o modelo de sociedade que melhor nos tem servido é a democracia e esse é composto por três poderes, que são escrutinados pela comunicação social - tantas vezes conhecida como o quarto poder – enquanto assim vivermos, o jornalismo e os meios de comunicação social fazem parte integrante das nossas democracias, e vão por isso continuar a exercer o seu papel fundamental no desenvolvimento das sociedades.   

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A MINHA PLAYLIST COM... MÓNICA AUGUSTO

Mónica Augusto
DR


Mónica Sofia Botelho Lima Augusto é investigadora no Centro de Estudos em Letras no Departamento de Letras, Artes e Comunicação na UTAD. Quisemos conhecer o top 3 das suas escolhas musicais. 






O SONHO EUROPEU ESTARÁ A DESMORONAR-SE?

Nuno Meireles
DR
Após a Segunda Grande Guerra Mundial, e evitar uma terceira, seis países europeus deram início ao projeto de uma Europa unida com a criação da CECA – Comunidade Europeia do Carvão e Aço. O sonho europeu dava assim os seus primeiros passos para um futuro que parecia promissor.
A integração europeia foi crescendo de tal ordem que foi necessário abranger novas áreas ligadas à economia. Foi assim que a CEE – Comunidade Económica Europeia surgiu.
O projeto europeu assentava em vários e importantes pilares para uma sociedade mais digna. Entre esses pilares destaco a paz, a solidariedade e igualdade entre todos os cidadãos europeus. Se esta ideia fosse realmente posta em prática, tenho a certeza que viveríamos na melhor zona do mundo.
Sinceramente, estou muito cético em relação ao futuro de uma Europa unida e igualitária entre todos os seus estados membros. O caminho escolhido por alguns dos políticos europeus a partir de uma determinada altura, fugindo à ideia inicial, tem provocado fraturas estruturantes que podem levar à derrocada geral do sonho europeu.
A crise financeira que se assolou de forma generalizada por esta Europa fora, tem posto a nu as fragilidades provocadas pela má condução dos destinos da União.
Políticas erradas, muito mais direcionadas para a parte económica do que para a parte social e humana, estão a provocar uma crise ainda mais grave e com resultados mais destrutivos que a “financeira”.
Apesar de (teimosamente) serem ignorados, os sinais estão aí à vista de todos. São eles: o aumento da pobreza e desigualdades sociais nos países periféricos; o aumento da contestação em quase todos os países europeus e que se vem traduzindo num crescente da violência; o aumento da popularidade de partidos extremistas (com maior incidência da extrema direita mas os da esquerda também estão a crescer); a queda da credibilidade dos agentes políticos da ala mais moderada; entre muito outros sinais preocupantes.
Diz a história que a Europa se começou a unir para evitar uma nova guerra. A ideia era a de que se os velhos inimigos se juntassem e dessem as mãos, não haveria mais conflitos (principalmente económicos). Mas eu deixo uma questão: quem esteve sempre na origem das duas grandes guerras mundiais? A Alemanha! Na primeira porque decidiu assassinar um príncipe de um país vizinho; na segunda porque erraram ao eleger um maníaco para Chanceler, maníaco esse que decidiu invadir países soberanos só porque queria criar um império. Como se isso não bastasse, foi o promotor do maior genocídio de que há memória.
É claro que perante tamanhas barbaridades, a comunidade internacional caiu-lhe em cima, pondo o país praticamente a pão e água. Foram também condenados a pagar os imensos prejuízos provocados pelas guerras. Acontece que como a Alemanha estava na miséria, foi-lhes decretado o perdão total da divida. Assim, o país podia sarar as feridas e recompor-se.
Ironicamente, é esse mesmo país – agora a potência maior europeia – que comanda de novo os destinos da Europa, que dita e impõe as regras. Muita da austeridade que países como Portugal, Grécia, Chipre, Irlanda, Espanha, estão a aplicar é exigida pela Alemanha. Todos nós sabemos o que tem implicado essa austeridade. E mesmo sabendo que está a matar aos poucos os cidadãos dos países resgatados, a Alemanha não abdica de impor as regras do jogo. É certo que se as dividas forem todas pagas, ganhará milhões em juros.
Esquece-se que outrora também foi perdoada pelos seus parceiros europeus, esquece-se que antes da crise de divida soberana vendeu muitos automóveis, eletrodomésticos e outros produtos aos países agora aflitos, esquece-se que as suas multinacionais de distribuição moderna se proliferaram por esta Europa fora ganhando rios de dinheiro.
É uma Alemanha injusta, cruel, calculista e egoísta que comanda os destinos da União Europeia. Mais irritante é ver que não há nenhum outro país que lhe faça frente.
Se houver um novo conflito no velho continente, já sabemos quem vai ser o responsável.

Pessoalmente, não acredito numa Europa unida e a puxar todos para o mesmo lado se o caminho escolhido for o atual.

ANTÓNIO ALBERTO ALVES: “VIEMOS PARA FICAR”

Traga-Mundos,
Há dois anos a promover
a cultura em Vila Real
DR
António Alberto Alves, sociólogo de formação, abraçou em 2011 um novo projeto. A Traga-Mundos nasceu em Vila Real e convidou os transmontanos a fazerem parte de uma nova senda cultural. 
Há dois anos que a livraria, situada no coração da cidade, abre portas às questões culturais e procura chegar ao âmago de todos os que lá entram. 
Fomos conhecer melhor duas histórias que se misturam, a do homem que a fez nascer e a da cousa nascida.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A MINHA PLAYLIST COM… ANABELA BRANCO DE OLIVEIRA

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Teatro de Vila Real recebem, de 25 a 27 de novembro, a 2ª edição do RIOS – Festival Internacional de Cinema Documental e Transmedia, dedicado à Ria de Aveiro. 
A diretora do evento, Anabela Branco de Oliveira, docente no Departamento de Letras, Artes e Comunicação da UTAD, é a convidada de hoje da rubrica “A minha play lista com…”. 
 Fique a conhecer as preferências musicais da docente.

Anabela Branco de Oliveira
Dr

INVESTIGAÇÃO DE PONTA NA UTAD

Logotipo do centro e das instituições que o compõe
D.R.: CIDESD

Um dos 7 centros de investigação a funcionar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é o Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD). Um centro dividido em 3 comunidades de pesquisa que diariamente dá a oportunidade, aos alunos da academia, de estarem em contato direto com a investigação científica e com investigadores reconhecidos internacionalmente.

Uma história que se constrói todos os dias

Com sede na UTAD, o CIDESD foi criado, originalmente, em 2007. Neste momento, colaboram com o centro 123 pessoas e fazem parte deste 8 instituições. O Instituto Superior da Maia, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Instituto Politécnico de Bragança, o Instituto Superior Politécnico de Viseu, a Universidade da Beira Interior, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, a Universidade de Évora e Universidade da Madeira

CIDADÃO PORTUGUÊS. QUE FUTURO CULTURAL?

Alina Sousa Vaz
DR
Pegando na máxima de Helena Vaz da Silva, ex-diretora do Centro Nacional de Cultura, “é de cultura como instrumento para a felicidade como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar”.
Por estes dias reluzentes de um sol de S.Martinho, o nevoeiro pairou sobre aqueles que olham a Cultura com real apreço. O secretário de estado da cultura, Jorge Barreto Xavier, admitiu no Parlamento que o orçamento para 2014 para o sector iria sofrer um corte de 15 milhões de euros em relação ao ano de 2013. Independentemente das oposições lançarem outros valores diferentes e mais avultados, reitero uma tristeza profunda que me deixa atónita e preocupada com o futuro cultural do cidadão português.
Todos sabemos que os indicadores de cultura estão sempre ligados aos indicadores da educação e se o inquérito do Eurobarómetro sobre a participação em atividades culturais na União Europeia mostra Portugal no fundo da tabela a par com países como a Bulgária e a Roménia, tal facto revela que há muito por realizar neste nosso país em ambos os sectores.
Os valores chocaram os intelectuais. Muitos apontam a crise como principal motivo para esta classificação mísera, porém outros revelam que não frequentar bibliotecas públicas, museus, espetáculos de teatro, dança ou ópera, ler livros e visitar monumentos estará relacionado, principalmente, com a falta de estímulo e investimento do ensino cultural nas escolas.
Confesso que por vezes tenho ganas de gritar bem alto. Se conhecemos os motivos do baixo índice cultural o que nos impede de seguir em frente aplicando a lição que está bem estudada? É necessário criar hábitos desde tenra idade, sabemos que a melhor forma de ensinar uma criança a ter riqueza cultural é fazê-la crescer num ambiente no qual tenha contacto constante com eventos culturais de diversas áreas.
A educação é um trabalho permanente do sujeito para a vida integrante no mundo contemporâneo que é um mundo de diversidade, de pluralidade, onde a questão dos diferentes diálogos, das diferentes temporalidades que vivemos é importante para construir um sujeito critico e participativo da sociedade, ou seja a educação desloca-se para uma visão de articulação dos diversos subsistemas culturais. Mais do que um professor conseguir controlar os jovens numa sala de aula e leccionar a panóplia dos conteúdos programáticos é necessário garantir uma educação de qualidade de acesso pleno à cultura que permita o desenvolvimento da condição humana, um crescimento individual das pessoas podendo potencializar e qualificar as relações sociais que geram valores.
Contudo, a educação tem sofrido atrozmente. Com a redução de professores, aumento do número de alunos por turma… a escola pública portuguesa tem sido apunhalada cabalmente e ao perder os seus agentes principais de uma maneira ou de outra o fosso cultural vai aumentar cada vez mais. Relembremos que a educação é um poderoso instrumento para um rápido crescimento económico e para a mobilidade individual e tem sido os professores desta nova geração o deleite de muitas escolas, por se tratar de um corpo docente altamente qualificado, dinâmico e muito disponível para o desenvolvimento de projetos, quer em período de trabalho, quer mesmo fora dele. Este grupo de professores têm vindo a construir uma excelente e salutar relação com os seus alunos, de onde advêm relações pedagógicas fortalecidas e um incremento suplementar no processo de ensino/aprendizagem contribuindo assim para uma maior incremento do desenvolvimento cultural.
Num país onde há falta de verbas e o plano cultural passa para último lugar pelas chefias, que futuro podemos esperar para a Cultura em Portugal? Nos bancos da escola sempre nos ensinaram que o poder económico de um país verificava-se no seu elevado grau de instrução e cultura. Como sair deste marasmo, desta nostalgia e fado que parece que nos retrata?
Ao contrário do que muitos pensam, Cultura gera riqueza mas cada um colhe conforme o que semeia. É necessário um maior investimento nos sectores primordiais para que o futuro seja promissor.
Como cidadã não quero viver em modo macambúzio… quero mais Cristianos Ronaldos espalhados por esse mundo fora com orgulho em dizerem “Sou português e estou aqui”.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

DOCENTES DA UTAD DISTINGUIDOS

 Docentes da UTAD distinguidos com um
Best Paper Award 
Ana Paula Rodrigues, Carlos Peixeira Marques e Mário Sérgio Teixeira, docentes da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e Isabel Vieira, docente do Instituto Politécnico de Viseu, foram distinguidos com um Best Paper Award, no TMS ALGARVE 2013- Tourism & Management Studies International Conference.
O artigo premiado, "Apoio da comunidade residente ao desenvolvimento turístico sustentável: um modelo de equações estruturais aplicado a uma cidade histórica do norte de Portugal”, investiga os inter-relacionamentos entre a ligação à comunidade, o envolvimento na comunidade, a gestão do poder público (GPP), os benefícios e custos percebidos do turismo e o apoio ao desenvolvimento turístico sustentável (DTS). No que diz respeito ao peso do turismo, este estudo sugere uma influência positiva entre os benefícios percebidos e o apoio ao desenvolvimento turístico sustentável.
Os resultados reforçam a importância de analisar a perceção dos residentes no planeamento e tomada de decisão de políticas para o desenvolvimento do turismo.
O evento, que decorreu de 13 a 16 de novembro em Olhão, contou com a presença de mais de 300 especialistas, oriundos de 17 países.

“GOSTÁVAMOS DE DAR UM NOVO PASSO, DE CONCRETIZAR O NOSSO SONHO”

A exposição “Alma Tua”, inaugurada no dia 19 de novembro no espaço-galeria do Ciclo Cultural da UTAD, no Complexo Pedagógico, permanecerá em exibição até ao dia 17 de dezembro.
A mostra está integrada na agenda cultural da rede de parcerias desenvolvida entre o Ciclo Cultural da UTAD, a Casa-Museu Maurício Penha, a Traga-Mundos e a Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Real.
Uma linha centenária que servia as populações desfavorecidas e abandonadas do interior, a construção de uma nova barragem e, a consequente destruição de um património imaterial do Vale do Tua constituem o pano de fundo do projeto “Alma Tua”. Norberto Valério é o responsável pela fotografia e Miguel Gomes dá voz às imagens captadas pela objetiva do fotógrafo.

A Bird Magazine esteve à conversa com os autores da exposição e com a coordenadora do Ciclo Cultural, Olinda Santana. 
Miguel Gomes (esq.), Olinda Santana e Norberto Valério (dt.)
DR

(entrevista áudio)

domingo, 24 de novembro de 2013

VULCÃO NA INDONÉSIA ENTRA EM ERUPÇÃO 8 VEZES EM POUCAS HORAS

Erupção do vulcão Sinabung
D.R.: Público

Este domingo, o vulcão Sinabung, no norte da ilha de Sumatra, na Indonésia, entrou em erupção oito vezes em apenas algumas horas, de acordo com as autoridades.
O vulcão entrou em erupção em meados de Setembro, mas tem registado uma maior atividade desde sábado à noite. Cerca de 12.300 pessoas já deixaram as suas casas, de acordo com a agência nacional de catástrofes indonésia.
O raio de evacuação passou de três para cinco quilómetros e as forças militares já estão no terreno. Cerca de 12.300 pessoas foram retiradas de oito vilas próximas da montanha para acampamentos preparados pelo governo. Outras 6.000 pessoas foram para abrigos temporários.
O nível de alerta foi elevado, pelo Centro Indonésio de Catástrofes Geológicas e Vulcanológicas, para o mais alto de uma escala de quatro, o que quer dizer que existe o perigo eminente de uma erupção.

FILMES NACIONAIS NAS SALAS DE CINEMA


SEMANA QUE PASSOU, MAS QUE DEVE FICAR

Assim vai o mundo. Assim anda o país.
Percorremos algumas das principais notícias desta semana no jornal Público e considerámos necessário partilhá-las no "Presos na Rede".
Um abanão de realidade, um murro no estômago, um abre-olhos...a terminologia pode variar, mas que não varie a dose de atenção que se deve prestar a estas notícias.




DANIELA FONSECA: “DESDE QUE O HOMEM É HOMEM QUE HAVERÁ NELE A NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO”

Daniela Fonseca na sua apresentação
DR
Daniela Esperança Monteiro da Fonseca nasceu em Lamego, em 1977, fez o ensino primário em Salzedas, a escola preparatória e secundária na EB 2+3 Professor Doutor José Leite de Vasconcelos, em Tarouca, cursou Comunicação Social, de 1995-2000, na Universidade do Minho, Braga, e nela concluiu também o mestrado em Jornalismo, em 2004, com a tese “A evolução do género jornalístico”. Continua atualmente os seus estudos académicos na Universidade da Beira Interior, sendo doutoranda em Ciências da Comunicação, área das Relações Públicas, com a tese “O papel das novas Relações Públicas na modernização dos sindicatos portugueses”. Em termos profissionais, realizou alguns estágios de aprendizagem, primeiro numa agência de publicidade, McCann Erickson Canal 1, Porto, e depois numa empresa de Software de Gestão, em Braga. Trabalhou ainda, durante dois anos, como assessora de imprensa no STFPN (Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Norte), e leciona, desde setembro de 2007, no 1º e 2º ciclos de ensino superior, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Participou pontualmente em diferentes projetos jornalísticos e/ou literários: primeiro, no jornal ‘Domingo Liberal’, depois no jornal regional ‘Castelo de Lanhoso’, e num site sobre comboios portugueses ‘O comboio em pt’, daí resultando um texto literário em edição bilingue, portuguesa e francesa. Esteve presente em algumas palestras e congressos da área do Jornalismo, da Publicidade, e das Relações Públicas, como participante, oradora, moderadora, e também coorganizadora de eventos na UTAD.

Daniela Fonseca foi uma das oradoras convidadas do evento “Ser Profissional de Comunicação Além-Fronteiras: Que Desafios?”, que decorreu no auditório da Biblioteca Central da UTAD na passada quarta-feira, dia 20 de novembro, com a comunicação “Como quebrar o gelo sem quebrar o protocolo?”

A Bird Magazine esteve à conversa com a docente da academia transmontana.

TERESA SILVA: “QUALQUER SISTEMA EDUCATIVO DEVE APOSTAR EM DESPERTAR E FORTALECER CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS DESDE A MAIS TENRA IDADE”

Teresa Silva pediu a colaboração da audiência para a
explicação das expressões idiomáticas.
DR
Maria Teresa Vieira da Silva nasceu em Durban, Natal, South Africa, a 19 de março de 1968. Fez o ensino primário na Glenwood Primary School, o ensino preparatório e secundário na Park View Junior School e na Durban Girls’ High School, todas em Durban, vindo a finalizar o ensino secundário em Portugal, na Escola Secundária de Santa Maria da Feira, para onde veio viver aos 14 anos.
Em 2003 conclui a Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas – variante de Estudos Portugueses e Ingleses – Ramo Educacional na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em 2010, na mesma universidade, conclui o mestrado em Estudos Anglo-Americanos, variante de Literaturas e Culturas – com a dissertação: “The young Rebecca West and early twentieth century feminism : militancy through writing”.  
Atualmente, frequenta o doutoramento na Universidade de Salamanca no departamento de Filologia Inglesa – subordinado ao tema “leitura extensiva no ensino de língua estrangeira no ensino superior”.
Tendo já trabalhado antes como professora freelancer em várias escolas privadas de línguas e também públicas, encontra-se há seis anos a lecionar na UTAD, como leitora de inglês.
Dos projetos desenvolvidos ao nível da academia, Teresa Silva foi membro da comissão organizadora do “Forum on World Issues” no ano letivo de 2009/2010 e 2010/2011; membro da comissão organizadora do EIRI no ano letivo 2012/2013 e vogal do departamento na gestão dos Cursos Livres de Línguas Estrangeiras 2012/2013 e 2013/2014.
Teresa Silva foi uma das oradoras convidadas do evento “Ser Profissional de Comunicação Além-Fronteiras: Que Desafios?”, que decorreu no auditório da Biblioteca Central da UTAD na passada quarta-feira, dia 20 de novembro, com a comunicação “How can I say it?”

A Bird Magazine esteve à conversa com a docente da academia transmontana.