MANUEL DO NASCIMENTO |
José Maria Lima de Freitas frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Desde 1946, adere ao neorrealismo, tornando-se numa voz ativa das vias surrealistas e abstratas em afirmação na arte portuguesa a partir dos anos 1950. José Maria Lima de Freitas viveu em Paris entre 1954 e 1959 e trabalhou para editoras norte-americanas. Ilustrou romances, contos em revistas francesas, espanholas, brasileiras, alemãs, etc. Em Portugal, à que destacar as ilustrações para Dom Quixote, Os Lusíadas, etc. Para além dos textos publicados em revistas, jornais ou catálogos de exposições, publicou títulos como Pintura incómoda em 1965. Expôs coletivamente inúmeras vezes desde 1946, nomeadamente nas Exposições Gerais de Artes Plásticas (SNBA, Lisboa), nas I e II Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian e na II Bienal de São Paulo, no Brasil. Realizou exposições individuais desde 1950, entre as quais: Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, Museu Regional de Évora, Galeria Divulgação, Porto, Galeria Abril de Madrid. As suas obras de arte relevam um conhecimento da tradição mítico espiritual portuguesa, como os 14 painéis na estação do Rossio em Lisboa, tudo fora inspirado nos Mitos e Lendas da capital de Portugal (Porto-Graal). Foi docente do IADE (Instituto de Arte e Decoração de Lisboa) e Presidente da Comissão Instaladora do Teatro Nacional D. Maria II, que reabriu as portas ao público em maio de 1978, após 14 anos de obras de reconstrução, e o de diretor-geral da Ação Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura. Foi agraciado pela Câmara Municipal de Setúbal com a Medalha de Honra da Cidade. Recebeu as condecorações de Cavaleiro e Oficial da Ordem do Mérrito, (Chevalier et Officier de L’Ordre du Mérite), atribuídas pelo Governo francês e o título de comendador da Ordem de Santiago da Espada. José Maria Lima de Freitas, nasceu em Setúbal a 22 de junho de 1927 e faleceu em Lisboa a 5 de outubro de 1998.
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