quarta-feira, 2 de agosto de 2017

FÉRIAS VS. CONCURSOS

ELISABETE RIBEIRO
Quando falamos de férias, pensamos imediatamente em descanso. Este pode ser pela praia, pela montanha, em viagem ou por onde cada um pretenda, goste e sua carteira permita. 

Muito se ouve falar também que os professores são abonados de sorte pelas "supostas" imensas férias que podem usufruir (infelizmente há ainda muitas pessoas a pensar, erradamente, que os professores entram de férias assim que terminam as aulas letivas). 

Na realidade, os contornos do início de férias dos docentes é um tanto ou quanto agitado, não fosse ele coincidir com a megalómana máquina dos Concursos. 

Neste momento, em férias oficiais estou sentada em frente ao computador a escrever esta crónica e com a página do SIGHE aberta para dar início à Manifestação de preferências. Até podem dizer: mas manifestar preferências é fácil e tal.... Posso dizer que não é bem assim e quem está na mesma situação dirá o mesmo. Desde ler notas informativas, o manual de candidatura, registar códigos e tentar entender uma panóplia de questões bizarras que nos vão aparecendo à medida que se avança no concurso. 

Depois de submetidas as preferências, dá um aperto no peito e dizemos baixinho "Seja o que Deus quiser!" . Quando pensamos que estamos livres da agonia do concurso e vamos tentar aproveitar ao máximo as férias eis que aparece sempre alguém (diga-se que com as melhores das intenções) a perguntar onde vai ser a nossa colocação no próximo ano letivo. Aquela angustia regressa, mas temos que atenuar com um sorriso e uma resposta simpática.

Em suma, se as férias são sinónimo de descanso, para nós, docentes, acabam por ser umas férias a roçar a inquietude e o desassossego pela incerteza da próxima colocação... 
Contudo, vamos lá tentar ligar o filtro e, feito o concurso, aproveitar as férias o melhor possível. 
Boas férias e... boa sorte a todos!

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