SARA MAGALHÃES |
A maior aventura do ser humano é viajar, e a maior viagem que alguém pode empreender é para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de a realizar é lendo um livro, pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros.
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas, e descobrir o que as palavras não disseram: no fundo, o leitor é o autor da sua própria história…
Ler um livro não é nem nunca será apenas juntar letras, mas sim abrir portas e descobrir em cada um que lê uma transformação da mente e do coração. Ler um livro é poder contemplar o belo, sair de si mesmo para entrar numa história, que não é sua, mas que com ela pode fazer caminho; é abrir a mente ao impossível; é poder ser construtor da sua própria história; é poder conseguir reeditar a sua memória.
Ler um livro é parar o tempo e saber abrandar o ritmo diário da confusão, do ruido, da agitação, dos medos e angústias e exaltar a calma do coração e exaltar a qualidade dos nossos pensamentos.
Os paradigmas mudaram: num estudo feito no brasil, na década de 60, em São Paulo havia 6 livrarias por cada ginásio existente. Atualmente existe 1 livraria por cada 10 ginásios.
O culto e/ou valorização do intelecto, do pensamento, da arte de pensar, foi substituído pelo culto e valorização do corpo. Em Portugal também se verifica isso.
Sou totalmente a favor e partilho a importância de que se pode e deve ter um corpo saudável, mas mente sã em corpo são é o ideal.
Nenhum conhecimento é possível ser o acesso à literatura, seja de área for. Mesmo as ferramentas atuais tecnológicas que se utiliza tais como o computador; a internet, nunca poderão substituir o que nosso pensamento permite: a capacidade de duvidar, de criticar e de determinar. Esta capacidade fortalece a inteligência humana.
Ler permite alcançar todas as impossibilidades e transformá-las em possibilidades nas diversas áreas da nossa existência; permite-nos honrar e fazer memória da nossa história humana.
Ler um livro também pode ser ler a nossa história refletida na história de outras. Afinal de contas quem escreve e quem lê é sem dúvida o grande protagonista no anfiteatro da mente humana.
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