JORGE MADUREIRA |
Nos dias de hoje é complicado conciliar o trabalho e a educação dos filhos. Os pais sentem-se mal, culpados e com sentimento de impotência com a falta de tempo passado com os filhos. Por vezes entregam a educação de seus filhos a terceiros.
Depois temos os pais que trabalham fora (do país), longe de casa. Não conseguem acompanhar os filhos nas suas actividades e crescimento. Todos “sofrem” esta ausência. Os pais, pelo atrás referido, os filhos que quase sempre se habituam à rotina da ausência dos pais. Não é nada benéfica na sua base de estruturação da personalidade. É um “abandono” que todos gostariam de evitar.
Não é fácil não estar presente no dia-a-dia dos filhos. Não poder apreciar o crescimento, as descobertas e maravilhas diárias. Compreendo a confusão que esses pais enfrentam com essa distância. A falta paterna é muito mais de que uma “simples ausência”.
Mas infelizmente nem tudo é perfeito.
Existe também a situação em que o pai, por motivos de separação da mãe ou ainda outros acontecimentos, não convive integralmente com o filho.
Na minha humilde opinião, a figura paterna é fundamental na formação, no desenvolvimento e construção social, moral, emocional e psicológica da criança. Mas quando isso acontece não devemos fazer aquilo que todos temos tendência, que é: rotular de filhos complicados. Isso deve ser evitado.
Todos os filhos, sem excepção, necessitam em qualquer condição, de apoio, de serem protegidos, de companhia constante, cuidados diários e também de limites. A figura paterna faz parte integrante da estrutura emocional para serem um dia pessoas sadias e com amadurecimento natural. A criança é melhor preparada se for criada com referencial masculino e respeitará mais tarde ordens dadas por representantes femininos. Contudo, uma criança que seja criada somente pela mãe poderá também ter tudo isto e não ter algum transtorno emocional. Conheço tantos casos de sucesso de mães que também são pais.
É cada vez mais comum existir uma família sem pai nas sociedades modernas. Existem casos em que é bem mais saudável. Aqui a mãe terá que definir limites com sucesso.
Isto também pode fazer com que a ausência do pai leve a uma menos predisposição para conflitos associados à falta do pai.
O pai ocupará sempre um lugar especial na evolução psicológica dos filhos, ainda antes do seu nascimento. Por isso, a mãe se não tiver esse suporte terá que ser ela a representar essa figura tão importante na vida da criança.
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