quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

SARDINHA, PÃO, CARTAS E LEGUMES – O FIM?


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Toda a gente sabe, que o peixe e os legumes fazem parte de uma boa alimentação, assim como o pão. E as cartas, o que fazem neste título?
Antigamente, havia o forno a lenha, onde, uma vez por semana, se cozia o pão, que antes levedava na gamela e depois era envolto de uma folha de couve para ser levado à cozedura. Todos esperavam por esse dia da semana para comerem um pouco, nem que fosse a côdea mais dura, que até os dedos enfarruscava. Tudo isto parte de testemunhos, pois as gerações foram mudando estas tradições, onde uma sardinha já não é para três pessoas.
Hoje, as buzinas anunciam a chegada do padeiro, do peixeiro, da vendedora de legumes e até do carteiro. Porém, não estarão estas visitas ameaçadas de chegar, mais cedo ou mais tarde? Vejamos: o peixe, o pão e os legumes podem ser comprados num só local, a qualquer hora do expediente das grandes superfícies comerciais. Estará o gato condenado a não mais receber a sua habitual sardinha moída, ou o bebé a não mais receber a fatia de pão? O carteiro, esse, vai trazendo as contas para pagar, se bem que o débito direto até a isso pode pôr termo. Já ninguém escreve cartas de amor, só se fossem de ódio pessoal que estimam pelo outro!

Post scriptum:
A buzina acordava qualquer sonolência. A professora queria preparar para o jantar arroz de feijão vermelho e sardinhas. “- Façam lá este exercício, que venho já!”, dizia ela. A “Inha” colocava o peixe no frigorífico com sal até ela se ir embora.

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