«Entre a concha da minha mão / se acomodem / os teus seios
rijos / e rosados, // entre as tuas nádegas / fecundas / os dedos das minhas
mãos / se percam / se afundem / se passeiem, // e entre elas sem receio / nunca
fiquem / acomodados»
«Docemente os dedos / desçam...
// desçam / logo abaixo da cintura, / e se percam / onde o quente e sedoso é
bem maior, / quais sedas de rainha // Aí em baixo onde o nada / é o topo da
loucura, / penetre a espada / sem bainha / subindo em ti a cavalgar / até se
fazer dia pela alta madrugada»
«A língua, do teu pescoço / extasiada
/ desce… // ...desce aos poucos aos mamilos / intumescidos / onde permanece
demorada / e esquecida, / para logo mais abaixo / se passear / na morna maciez
/ humedecida / do teu fruto, numa entrega / devagar, // entre espasmos
involuntários / gritos abafados / e gemidos»
«Tão pouco as mãos se aquietam / nesta
azáfama de dar // Afoitas e atrevidas / descobrem / o final e o princípio / necessário
/ para a onda do teu corpo / rebentar // E o mel na minha boca / agridoce / qual
veludo, flutua… // Minha língua sobe / até à tua boca / serpenteando por ti toda
/ sem parar, // o meu corpo cola-se / e tanto mais faminto / à tua pele… alva e
nua»
in "O Ventre das
Palavras" (1.ª parte)
__________
ALVARO GIESTA |
Em Março de
2014, quando me propunha publicar o livro de poesia erótica "O Ventre das
Palavras" - coisa que até à data não aconteceu por decisão exclusivamente
minha -, fiz-me proceder a um estudo sobre os "Limites do termo Literatura
Erótica e a diferença entre Pornografia e Erotismo", levado pela dúvida
que compõe a 1.ª parte dessa minha obra (da qual transcrevi, acima, quatro
poemas).
Isto é: se ela é
ou não erótica ou se vai além disso podendo ser classificada como pornográfica na
sua 1.ª parte onde eclode um «amor-paixão» ditando uma «poesia erótica
nitidamente fálica» onde «a libido corre livre e solta como um rio em
avalanches e nomes como mãos, dedos, flancos, ventre, nádegas, (mamilos,
línguas, gemidos, gritos) e sexo» num léxico «marcadamente erotizado» onde «a
mulher é o centro do universo, entendida como receptáculo e fonte do prazer dos
anelos do "eu" poético que se assume orientador desse prazer»
respondendo a mulher, «ao desígnio masculino, submissa por vezes, mas não
passiva, que se faz sujeito activo no envolvimento dos corpos.» (aqui, entre
«aspas», palavras do prefácio por Dr.ª Maria Jorgete Teixeira, Línguas e
Literaturas Modernas pela Universidade de Lisboa).
Foi, não como
complemento desta obra sobre a qual aos estudiosos, um dia, quando publicada, compete
a crítica, mas para minha aprendizagem e esclarecimento que sobre tal dúvida me
debrucei neste estudo exploratório - DOS LIMITES DA LITERATURA ERÓTICA ÀS
FRONTEIRAS DO PORNOGRÁFICO.
I - As duas grandes questões a equacionar:
o que é literatura erótica e o que é literatura pornográfica?
Qual a diferença
entre literatura erótica e literatura pornográfica e, no caso de haver
diferença, quando é que a pornografia pode nunca ser considerada como
literatura - duas dúvidas que eu reduzo a uma só questão, sem a tornar, a meu
bel-prazer ou por puro egoísmo, universal: dos
limites da literatura erótica às fronteiras da pornografia.
Comecemos pelo
significado do termo: a pornografia é tornada termo no dicionário, pela
primeira vez, em 1899, por Cândido Figueiredo com designação no termo francês
"pornographie". Mas, já por volta de 1800 surge como sendo "o
estudo (da saúde pública) sobre a prostituição". Com nobreza, em meados do
século XIX, passou a designar a ARTE produzida na antiguidade: a pintura e a
escultura de nus mesmo quando retratavam temas obscenos.
A raiz de
"pornographie", em francês, é de origem grega que já tinha palavras
como "pórne" (=prostituta), "pórnos" (=que se prostitui) e
"pornographos" (=autor de escritos sobre a prostituição), sendo que
prostíbulo era a casa onde se praticava a prostituição, seja, era o bordel. Já
o termo português "prostituição" vinha do latim
"prostitucione" (=acto ou efeito de se prostituir ou prostituir); no
sentido mais lato do termo: devassidão, vida desregrada. Este introito para
dizer que todos estes termos comportam a "ideia de comércio", de
"compra e venda", de preço (do latim "pretium") e que a
palavra "prostituta" (em latim "meretricem")
queria dizer "mercadoria (exposta)". Difícil não é de adivinhar, em termos de significado, a
comparação que se possa fazer hoje à exposição, como se de mercadoria exposta
(em vitrines) para venda se tratasse, das meninas de vida fácil nos bairros da
Luz Vermelha de Amsterdão e outras cidades da Holanda.
Antes de me alongar na consideração a fazer se tudo o que
há de escrita pornográfica é "sempre" literatura pornográfica,
analisemos o termo "erotismo". De origem grega "erotikós"
fez escala no latim "eroticus" e significava o "que tem amor,
paixão ou desejo intenso". Logo, não designa aquilo de que se vai servir
para fazer negócio; não comporta o termo a "ideia de comércio" tal
qual assim era em pornografia. No século XVI a palavra "erotismo"
passeia-se entre nós nos poetas e romancistas, mas tem uma certa dificuldade em
impor-se e vingar devido à censura da igreja e dos governos autocráticos e
ditadores. Anda à revelia principalmente na pena dos poetas... aos poucos vai
encontrando o lugar a que tem direito na literatura.
"Erotikós", do grego, deriva de
"Eros" (=deus grego do amor), (Cupido na mitologia romana) -
esclareça-se, principalmente aqueles que, por ignorância etimológica, dizem que
uma e outra palavra (erotismo e pornografa) são a mesma coisa.
"Erotikós" nunca teve a carga negativa das palavras derivadas de
"porné" ainda que se referisse, também, ao desejo sexual, mas aquele
ligado ao amor e não ao comércio.
II - Agora a
grande dúvida: as fronteiras entre o erotismo e a pornografia.
No campo da
classificação cultural, onde é que o mundo contemporâneo coloca a fronteira
entre o erotismo e a pornografia? Situação nunca pacífica na classificação do
que é erótico e do que é pornográfico tendo em conta de que, aquilo que o
escritor pretende com a sua escrita ficcional é excitar o leitor, interessar o
público, distraí-lo por aquilo que de bom e excitante lhe pode transmitir com
os versos ou com o romance. Sempre com uma dupla finalidade, ainda que a primeira possa morar, a maior
parte das vezes, num segundo plano:
-
tornando-se célebre, ter um nome, tornar-se imortal;
-
ganhar dinheiro com a obra e guindar-se, na atmosfera literária.
Então, poderá o
leitor argumentar, tendo em vista o que significa a palavra "pornographie",
atrás detalhadamente escalpelizada, que afinal o erótico também faz comércio e,
fazendo-o, erotismo não é mais do que uma forma encoberta e mais doce de dizer
pornografia? Jamais!
Oh mentes abjetas,
estais tão equivocadas, digo eu, com esse vosso pensamento! O erótico é a
sublimação mais alta do amor, com ARTE, sem vender o corpo - coisa que o
pornográfico faz.
Contudo,
convenhamos que nem sempre é fácil definir a fronteira entre erótico e
pornográfico e nem sempre é possível estabelecê-la com clareza. O senso comum,
que nem precisa ser erudito, costuma estabelecer essa fronteira servindo-se das
cenas de sexo explícito que a pornografia teria e o erotismo não tem; mas, nem
sempre isso é verdade; logo, é enganoso. É que, se o erótico também pode ser
explícito, nem sempre o pornográfico o é. A demonstrar como verdadeira a
primeira premissa, toda a 1.ª parte da obra aludida, da qual fica uma amostra
nos poemas que antecedem este texto, talha
explicitamente o erótico com palavras, ainda que desenhadas com arte, como se
vê no acto sexual na sua abertuta:
«Que
o teu corpo submisso / ao meu / rebelde se encaixe, // e em concha teu ventre /
se curve / e desfaleça // Que teus olhos se fixem / sem ver / ao olhar sob mim
o tecto, // e logo tuas mãos se fechem / crispadas / e ansiosas / por apertar
em si e guiar / o falo erecto»
« Que meus flancos / ao meio / tenham
a frescura que desejas / e logo nasce, / quando me afagas / e prevalece em ti /
a espera e o desejo // Meu estro se afunde em tua carne... / se perca, / ganhe
asas / e voe / sem disfarce // Soerga-se o corpo em vagas / de calor, // e a
ardência no meio das tuas coxas / vergue a mim / a tua obstinada / vontade»
O melhor
princípio, mas também este depende de quem faz a apreciação e a distinção, é o
de que se há tratamento artístico, se há arte nos versos do livro poético, no
enredo do romance, no argumento do filme, nos traços da pintura, se há
divinização e sublimação do corpo, se há esplendor e felicidade instantânea, se
há a fuga ao efémero do amor físico mas, ao contrário, há a homenagem ao amor,
ao ser de carne e osso - pois este,
aqui, cumpre a função da arte, logo, é o seu papel na distinção original - o
objecto, em mãos, é erótico; se a finalidade primeira e última da obra em
apreço é apenas excitar o "freguês" e ganhar dinheiro com isso, se é
negócio, se é ideia de comércio, se é compra e venda, então aqui a designação é
pornográfico.
Isto remete-nos
ao princípio do argumento onde se falou, na parte I, do aparecimento do termo
francês pornographie cuja raíz é de
origem grega nas palavras porné
(=prostituta) e pórnos (=que se
prostitui) e pornographos (=autor de
escritos sobre prostituição); já o termo português "prostituição"
vinha do latim prostitucione (=acto
ou efeito de se prostituir; devassidão; vida desregrada). E onde se disse
também, que qualquer que seja a raiz do termo (francês ou português), ali ficou
expresso que todos estes termos trazem em si a "ideia de comércio",
de "compra e venda".
Na altura de
fazermos a classificação, de levantarmos a cancela e estabelecermos o limite e
a fronteira, surge todo o tipo de argumentação e complicações na definição de
uma e outra forma de literatura. E a ideia persiste: o que é erótico, para um,
pode ser e tantas vezes o é, pornográfico, para outro.
Temos assim que,
as fronteiras entre erotismo e pornografia, entre o que não é pornográfico e o
que é obsceno, entre a literatura quer erótica, quer pornográfica, e a outra
que não é nada disto, porque nem sequer literatura é, são das mais turvas, onde
mais nevoeiro e neblina existe. E porquê? Eis a minha opinião de observador
crítico:
Porque a
perversidade das pessoas no julgamento que fazem, o esterco do pensamento e
julgamento humano, as ideias enviusadas e mesquinhas e anquilosadas que lhes
emolduram a moleirinha com teorias perversas e obliquantes a intentos
enviusados e a terceiros, quantas vezes está no espírito turvo e ignorante do
mau leitor, desse mau leitor, do mau observador, daquele que por perversidade
distorce o que é verdadeiramente bom literariamente e emoldura o ruim que,
aquilo que de literário tem, é nada, sequer esboçada contém tímida ideia do que
se quer erótico ou não erótico. Julgam-se autores filósofos, quando na
realidade são um fraco arremedo de autores, em tentativa forçada de o serem
cómicos. Lugar aqui, de relevância, pela negativa, aos organizadores de
antologias a versar o tema erótico - que de erótico pouco tem a escrita desses
integrantes - na tentativa única de extorquirem, a esses incautos, mais uns
cobres. Mas isso será assunto para segundas núpcias quando a disposição
permitir escrever acerca desses livros, em concreto.
O cómico a que
aludi algumas linhas atrás nesta explanação, nada tem a ver com aquele que, no
uso da sua profissão nobre, faz rir por ser comediante em defesa de uma boa
causa. Por isso, e para ressalvar algo de injusto que possam pensar quanto ao
cómico, a que me referi, aqui fica a minha admiração pela sua arte de
comediante, de distrair quem muitas vezes traz a vida de preocupações cheia. O
meu desassossego, também, por aqueles que se julgam ter, de tudo, todo o
conhecimento, esquecendo-se de que, sendo o mesmo ilimitado, melhor seria
reconhecer a ignorância como a maior fonte da sabedoria.
III - Ínvias são as fronteiras da justiça e
do julgamento literário!
A literatura
erótica, de fronteiras muito indefinidas, está situada entre dois géneros bem
diferentes entre si: de um lado, a literatura romântica, no sentido moderno do
termo; do outro lado, a literatura pornográfica. E é exactamente esta fronteira
existente, sem se saber onde, entre estes dois géneros literários que é de
difícil localização.
No percurso
entre romantismo e pornografia há marcos indesmentíveis no historial destes
géneros. Tomemos, como exemplo, "A Dama das Camélias" de Alexandre
Dumas Filho: o que aqui temos é uma bela história de amor. O erotismo em
Margueritte - a personagem sem máscaras da Dama das Camélias tem uma vida
ousada e vive à custa de homens mas é transformada pelo amor - serve apenas e
só para ilustrar o retrato social da época e a força de uma paixão
avassaladora. Ou a poética "As Palavras do Corpo" de Maria Teresa
Horta: o que aqui temos é a essência da mulher ardente no que ela «tem de mais
profundamente belo» - o seu erotismo. Porém, noutros - e fácil agora é de definir em
tantos livros que por aí habitam os escaparates das livrarias e o atulhado dos
hipermercados onde vivem abafados, sem poderem respirar, entre pilhas de
bacalhau e múltiplas grades de bebidas, a inebriar a sede de corações
femininos, quando solitários - a pornografia tem fronteiras bem definidas com o
erótico: são descrições nuas e cruas do acto sexual explícito e com foros
aberrativos e luxuriantes em que a depravação explícita e a linguagem
francamente atrevida e obscena, nos anunciam a obra como pornográfica sem
margem para dúvidas.
Mas, a finalidade
deste texto não é entrar na análise de obras de terceiros mas sim, a partir da
sua leitura e estudo, tomar conhecimento de como ficcionam ou descrevem a
realidade, ainda que ficcionada, e adquirir, com eles, a aprendizagem
necessária para daí emitir opinião sobre o que julgo ser erótico e/ou
pornográfico.
O erotismo, em
meu entender naquilo que em tudo é diferente do pornográfico, deve, com a arte
merecida, enquadrar-se nas emoções da vida humana. O erotismo deve, na sua genialidade, comportar-se como
expressão de sentimentos, de emoções reais da vida humana e não apenas de
instintos que visem matar a fome sexual ao corpo e encher os bolsos às editoras
e autores. Um erotismo intenso mas explicável, no uso das palavras talhadas com
arte, fugindo ao grosseiro e ao ordinário, um erotismo enquadrado no contexto
social de cada época e na real dimensão dos sentimentos humanos. Um erotismo
que dê um bom livro, e que, como no dizer de Oscar Wilde, esse bom livro seja «aquele
no qual a vida se enquadra».
Mas, jus seja
feita à pornografia - quando fiel à sua vocação sem cair no ordinário, no vil,
no torpe, no degradante, na baixeza moral, no abjecto, no pus e na podridão -
desde que desnude a verdade séria e crua; longe de nos "rebaixar"
leva-nos ao conhecimento, ao equilíbrio mental de quem andou muitas vezes de
mente vendada e olhos cegos. Tal como se trata uma mulher que se desnuda, que
se oferece e que consente, sem sequer se pensar em a rebaixar, antes dar-lhe a
atenção que nos merece no acto da sua oferta, assim a pornografia nos pode
conduzir à suprema sabedoria.
Mas, caímos na
repetição do gesto e do conhecimento: difícil é dizer e com alguma dificuldade
se dirá porque é que certa obra é erótica e outra o não é.
E, ao
aventurarmo-nos em respostas, que seriam dúbias, tropeçaríamos com monstros da
literatura actual que não saberíamos classificar. Porque, desviando-se de todos
os artifícios literários que ajudam a definir a obra, negando análises e
rejeitando imagens, repetindo e repisando continuamente a mesma estratégia de
escrita, imprimindo às obras um verdadeiro sentido pornográfico pelas cenas
escabrosas detalhadas, eles vão exercer sobre o leitor sugestões
incontestavelmente cegas, poderosas e sensacionais. Tal leva-nos a pensar que,
se há literatura nessas obras pornográficas, a mesma é má.
Isto leva-nos ao
início do ensaio: como definir a literatura erótica sem nos ficarmos pela
etimologia. Caberia em tal definição qualquer obra que tratasse do amor? Como
atrás foi dito, se há amor na obra erótica ele que cumpra o seu papel de arte
na distinção original da literatura erótica. Porque esta, na senda do princípio
etimológico, exige tratamento artístico abominando toda a grosseria de palavras
e todo o papel de negócio, de comércio com o sexo explícito. Mas... e se o
erotismo em poesia também se revela pela presença explícita de vocábulos, perde
aqui terreno para a pornografia? Onde termina a fronteira de uma literatura e
começa o limite da outra? Difícil é esta resposta. Revela-se, tantas vezes,
impossível de dizer!
Há obras de pura
ficção e outras de pura erudição difíceis de classificar na literatura erótica.
Porquê? Porque se pela acção da obra sobre a imaginação do leitor e as
sensações que nele despertam, numa linha que fuja ao sexo explícito com palavras
e gestos obscenos e execráveis - porque aqui seria pornografia pura-, ela possa
ser classificada como "erotismo", como classificar a obra que trata
exclusivamente de amor? Com dificuldade se não aceitaria na classificação de
erótica; há quem lhe chame outro nome: sensual. E o que é sensual não é
erótico? E o erótico, não é sensual? Ou é um erótico mais brando, mais doce,
mais suave? Um erótico com um PH menos elevado?
Porque sendo uma,
obra de ficção e ela nos impele a sentir as sensações físicas potenciadoras do
amor, e a outra, tratando o mesmo amor de uma forma infinitamente erudita, não
podem ter a mesma classificação? A classificação de "erotismo". Uma -
a de pura ficção - que, embora actuando nos sentidos do leitor pela imaginação,
respeita o exercício da palavra com arte, e a outra - a obra erudita - que se
debruça sobre o amor como uma ciência, têm fronteira para uma ser uma coisa e a
outra, outra coisa diferente?
Tudo se confunde
e nada se define. Qual é a verdade da literatura erótica? Ou, em vez de
literatura erótica, uma é literatura excitante, para que a que trata do sexo
explícito com palavras e gestos obscenos abranger a classificação de erotismo?
Existe ou não existe literatura erótica? Ou, por outras palavras, o que é
erótico é pornográfico? E tudo o que é pornográfico deixa de ser literatura e
passa a ser outra coisa qualquer como, por exemplo, filosofia pornográfica?
Venha o diabo e escolha ou analisemos isto por duas partes: o que é literatura
e o que é erotismo?
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