J. EMANUEL QUEIRÓS |
Realizar-se-á amanhã, dia 19 de
dezembro, pelas 21 horas, no auditório da sede do Agrupamento de
Freguesias de
Amarante, (antiga Junta de Freguesia de São Gonçalo) sito na Rua Miguel
Bombarda – Amarante, a apresentação da obra - «Terra: Portal de Vida, Planeta
do Homem», de José Emanuel Queirós. A sessão contará com a participação do Prof.
Doutor António Luis Crespí ,Director do Jardim Botânico da UTAD e autor do
prefácio, tendo a seu cargo a apresentação do livro.
“Sem a pretensão de um trabalho
académico, J. Emanuel Queirós contribuiu para a divulgação do conhecimento da
Terra no encontro à sua própria expressão de Vida à escala planetária. O
resultado vai na perspectiva de melhor podermos harmonizar a existência
desfrutando do tempo presente sem comprometer o futuro reservado ao astro e à
sua Humanidade”.
A BIRD divulga, em primeira mão, alguns dos excertos que poderá encontrar nesta mais recente obra do escritor amarantino.
A cada Primavera o grandioso
cenário terrestre oferece-se renovado numa aparente repetição cíclica que se
eterniza, feito de paisagens erigidas num longo curso astronómico percorrido
sem retorno, progressivo e irrepetível. (pp10)
Tudo o que existe teve uma causa
e resultou de um começo irreprimível, em superação, transcendendo um particular
estádio físico inicial. O planeta Terra, tal como o Sistema Solar e a Via
Láctea, como parte integrante do Universo também teve a sua origem, muito
remota, mas não há certeza absoluta como ocorreu. (pp16)
O esferóide terrestre é um
minúsculo lugar em trânsito orbitando pelo Sol na imensidão do Universo.
Aparenta constituir um insignificante endereço cosmonáutico esquecido na
periferia da Via Láctea, improvável no seio do espaço vazio e desolado de que
se faz o Cosmos, mas é pleno de dinamismo e fremente de vida. (pp 29)
Tanto quanto a incessante procura
de conhecimento permite desvendar à compreensão humana, em síntese, a Terra é
um planeta incomum, fervilhante de vida, flutuando iluminado e aquecido por uma
estrela nas profundezas abissais da escura tela do Universo. (pp 34)
A Terra é um ventre uterino e uma
maternidade do Cosmos. O planeta é um berço, lar e sustento para toda a sua
vida biológica. (pp 36)
O homem parece encontrar-se no
Mundo percorrendo uma via existencial impositiva, de sentido único, capacitando-se
para dominar todas as adversidades exteriores a si mesmo, ora pelo recurso à
força, ora ancorado no poder do intelecto. (pp 49)
O comportamento do homem e a
conduta globalmente adoptada pela civilização deixaram de tomar uma perspectiva
integrada tendendo a adequar as condições do meio ao seu mais imediato
interesse, passando a ousar de uma aparente supremacia sobre toda a ordem
natural estabelecida na Terra. (pp 74)
Nos tempos presentes tomamos
parte de uma sociedade orientada pelo progresso científico-tecnológico
construído sobre a contingência variável da fenomenologia do risco, como processo
gerador de transformação e razão de conhecimento. No entanto, os nossos
destinos individuais e colectivos estão circunscritos aos limites impostos por
leis da Física expressas globalmente na
organicidade da Terra e, em particular, nas dinâmicas que a Natureza desenvolve
e processa. (pp 77)
A Terra é um poderoso organismo
astro-planetário,relativamente frágil e instável. Pleno de vida em evolução e
de recursos finitos em decréscimo, o planeta é propenso a surpreender o curso
da história pelo desencadeamento de dinâmicas naturais imprevisíveis. (pp 90)
A Terra reflecte sobre si todas
as alterações que opera no ecossistema terrestre, marcas da instabilidade
impulsionada pelo dinamismo astronómico processado no espaço sideral e no meio
ambiental do planeta. (pp 103)
Construtores de um Mundo de sentido
equívoco e testemunhas integralmente comprometidas com as suas imparáveis dinâmicas,
em circunstância alguma deste ínterim poderemos permanecer acríticos,
convencidos do sentido trilhado pelo homem para a Humanidade e do
empreendimento civilizacional adicionado à nossa casa-Mãe Terra. (pp 109)
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