CATARINA DINIS DR |
Até onde vai a
nossa (in)sensibilidade sobre a violência pelo mundo?! Questiono-me diariamente sobre o nível da nossa frieza quando somos receptores de tantas mensagens/
noticias relacionadas com a violência exercida sobre outro Ser semelhante,
devido a ideologias, fanatismos. Indiferentemente de crenças, ideais entre
outros enquanto Ser Humano somos portadores de uma fria crueldade, sem escrúpulos
seguimos adiante, para o próximo instante. Uma dessas notícias foi a
decapitação de mais um jornalista e escrevo “ de mais um” porque o número tem superado
o imaginário.
James Wright Foley, fotojornalista empenhado em mostrar não mais do
que a verdade diária, sequestrado em 22 de Novembro de 2012 na Síria e mantido
em cativeiro pelo grupo auto-intitulado Estado Islâmico. "Nunca
estivemos mais orgulhosos do nosso filho Jim. Deu a vida a tentar mostrar ao
mundo o sofrimento do povo sírio. Imploramos aos sequestradores que poupem a
vida do resto dos reféns. Tal como o Jim, são inocentes e não têm controlo
sobre a política do governo americano no Iraque, na Síria, nem em nenhum lugar
do mundo", escreveu Diane Foley no Facebook. È realmente de nos tirar as
palavras e a respiração.
Todos os
jornalistas seguem por base um código deontológico e a sua ética Jornalística,
pois hoje em dia não podemos esquecer que os meios de comunicação são o 4º
poder. Esta situação só vem criar ainda mais discussão sobre até onde podemos
ir para nós manter informados e seguros ou devemos ter esta noção “ heróica” e
procurar levantar o pano escuro em que tantas vezes somos levados a entrar.
James Foley apenas pretendia mostra-nos a realidade de um dia a dia tão normal
para uns e arrasadora para outra metade do mundo e terminou numa rede de morte.
Esta situação
do nosso mundo real, remetendo-nos para um campo interessante da Filosofia, os
valores. Mas afinal o que são na realidade os valores. “Os conceitos de bom e de mau, que, à primeira vista expressam com
suficiente clareza o que querem dizer, são na realidade confusos, equívocos e
de múltiplos sentidos” in “Ensaios sobre o progresso “ de Garcia Morente.
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