ALINA SOUSA VAZ |
As palavras que vos escrevo estão carregadas de emoção. Cada uma verbaliza o sentimento de admiração pela coragem e bravura de Luaty Beirão, jovem luso-angolano, de 33 anos, preso por ser considerado um ativista perigoso que preparava uma rebelião e um atentado contra o Presidente Angolano.
Contra este encarceramento, Luaty, está há 30 dias em greve de fome, por considerar que, como prevê a lei angolana, deve aguardar julgamento em liberdade.
Apesar de ser considerado filho do sistema angolano, pois seu pai trabalhou para a Fundação Eduardo dos Santos, o ativista não aceita que um país como Angola, ocupando o 2º lugar de maior produtor de petróleo da África subsariana, deixe a sua população viver em estado de calamidade e tenha a pior taxa de mortalidade infantil do mundo.
Luaty luta por esta urgência e por considerar que o Presidente e líder do MPLA, José Eduardo dos Santos, está há muito tempo no poder e que, sob a sua chancela, a filha Isabel dos Santos é a mulher mais rica de África, com 3,2 mil milhões de dólares.
A minha voz não é “poderosa”, mas tem sentimento consciente que chegue para me juntar a esta causa… de impedir que a luta de política do ativista faça dele um mártir da causa da liberdade e da justiça.
Admiro aqueles que, sem a dita máquina do sistema, conseguem erguer o seu trabalho e se fazerem ouvir. Admiro a força dos irreverentes cívicos! Admiro os jovens que não pegam apenas na cruz com a mão para a beijar, mas que a carregam!
Uma única pessoa pode fazer a diferença, quando um se levanta, vários o podem seguir.
Se tu acreditas, levanta-te!!!
Pela Liberdade de Luaty,
“Faças o que fizeres, junta-te a nós / Na tua área amplia a nossa voz / Mesmo que queiras jogar este jogo sem estar na linha da frente / agarra no papel e move mais gente/ Jornais, blogs, cartazes e panfletos / Daremos tanta luz ao caso e romperemos o medo/ Quando a injustiça se torna lei rebelião é um dever / Vem-te manifestar e contestar o poder”: Canção do poeta luso-angolano Bruce G, 30 anos.
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