quinta-feira, 3 de setembro de 2015

SETE DIAS EM PARIS. DIÁRIO. DIA 4# (#Musée Rodin #Galerias Lafayette #Opera – Palais Garnier #Arc du Triomphe # Tour Eifel)

Este foi um dia muito intenso em visitas

FAMÍLIA BORGES LOPES
Começámos dia com um pequeno-almoço ao gosto das filhas: um pequeno-almoço americano em Paris, no Starbucks Café. Na verdade, no Porto ainda não existe um e em Paris estão, literalmente, em cada virar de esquina. Ora, e de vez em quando, não há mal nenhum em satisfazer caprichos juvenis.

De seguida, começámos a caminhada para o Musée Rodin. Mal abrimos o mapa para tirar dúvidas acerca da linha de metropolitano a tomar, já estava um simpático e atento monsieur a ajudar-nos com o percurso. Eu não tenho dito que os parisienses são simpáticos?

O Musée Rodin é um lugar calmo e aprazível. É um imenso gosto apreciar os seus inúmeros trabalhos de escultura, quer entre-portas, quer no belo jardim. É marcante estar perante a figura d’ “O Pensador” ou observar cada detalhe da “Porta do Inferno”. 

Após esta agradável visita, passámos junto do museu das Forças Armadas e fotografámos o belo Palais des Invalides. Tomámos, de seguida, o metro para a Ópera de Paris, Palácio Garnier, esdifício que reúne vários estilos, um pouco do barroco, um pouco do renascimento italiano, mas, em todo caso, uma bela obra, com uma fachada decorada por esculturas que, ao que se diz, na época escandalizaram os puritanos. A decoração interior é de impressionantes dourados. Aqui, deixámos para trás um espaço a visitar com mais calma, para outra altura, pois estava-nos reservado um dia muito longo.

Seguimos, então, para as famosas Galerias Lafayette, mesmo ali ao lado. Um “emporio” de luxo e um verdadeiro museu, monumento que marcou Paris com a Art Nouveau, onde se encontram reunidas as marcas de consumo mais luxuosas do mundo. A cúpula, que se ergue a 43 metros de altura, é o símbolo máximo das Galeries Lafayette.

E quem é que andava às compras, quem era? Chineses, japoneses e árabes. Sobretudo muitos(as) árabes. Estes faziam filas na Cartier e na Louis Vuitton. Quem são os turistas em massa, com “massa”, quem são? Porque é que os combustíveis são tão cainhos, porquê? Ah, pois.

Depois do almoço, voltámos a apanhar o metro, desta vez em direcção aos Champs-Élysées e ao Arc de Triomphe. Fomos ver o túmulo ao “Soldado Desconhecido”, singela homenagem aos combatentes da I Guerra. As vistas dali são fantásticas. A avenida des Champs Elysées faz parte o grande eixo histórico, ou via real, que é uma linha recta, proporcionando uma vista sóbria e limpa.

A visita à Tour Eifel estava reservada para o fim de tarde e noite. De facto, queríamos ficar por lá a jantar ao ar livre e ver a torre a iluminar-se. Era o nosso plano romântico em família para aquela noite.

Os planos nem sempre decorrem como o previsto, daí que devemos estar preparados para improvisar. Estava um ar muito abafado, o céu foi ficando, lentamente, carregado de nuvens, e não tardou muito para que viesse uma descarga de água descumunal, como aquelas que, pelos vistos, são típicas nos verões de Paris. Lá se foram os planos de fazer um piquenique na relva em frente ao famoso monumento quando as luzes começassem a iluminar a noite. Parece que não mas, ainda assim, o destino estava a jogar a nosso favor. Ora vejamos: estava uma fila imensa para subir à torre; assustadas com a forte chuvada, metade das pessoas abalou dali para fora e a fila ficou reduzida a menos de metade. Tínhamos guarda-chuva, por isso mantivemo-nos e, rapidamente estávamos lá acima, nas alturas.

A chuva foi diminuindo de intensidade e, quando avistamos a cidade, de todos os ângulos possíveis, uma luz de prata tinha-se abatido sobre ela. Era uma luz maravilhosa. E nós lá em cima com tanto espaço, sem confusão.

E o jantar? O jantar não deixou de ser romântico, numa pequena roulotte, de um monsieur très sympathique, que nos confessou que adorava comida portuguesa (com grande dificuldade na linguagem, explicou-nos que adorava sobretudo as espetadas), ali, os quatro, enquanto tudo em volta se ia esvaziando de gente e a iluminação ia surgindo lentamente. O burburinho foi desaparecendo: as vozes, o trânsito. Parece que todos ficaram com medo da chuva. Mas nós estávamos ali para dar cumprimento a sonhos, e não era uma chuvinha que nos ia impedir.

Foi mágico, na verdade, que para mim, a magia está sobretudo na simplicidade das coisas e na forma como acontecem. 

Aspectos positivos: Já ouvi e li comentários contrários a esta opinião, mas quem quiser que me desminta – Paris é uma cidade limpa (só é pena que nas ruas não se encontram frequentemente formas selectivas de separar o lixo); infelizmente nunca vi Lisboa assim limpa.

Aspectos negativos: De facto, a alimentação começa a cansar, pois não existe grande variedade à disposição do turista; vamos lá comer mais uma baguete.

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