JORGE MADUREIRA |
Uma temática que me causa alguma curiosidade e análise.
Como vivem os filhos de pais separados?
Como evitar traumas, e evitar que prejudiquem os filhos? Não me parece que (muitas das vezes) a separação dos pais seja traumatizante para os filhos. Acho (mesmo) que as crianças têm um desenvolvimento perfeitamente normal e bem saudável, preparando-se mesmo para em adultos serem mais flexíveis e com outra abertura. Mas tudo depende (sempre) da maturidade dos pais, e da forma como gerem o divórcio.
Nunca devem utilizar as crianças como “arma de arremesso “. Não devem existir conflitos por resolver, não devem existir agressões verbais, etc. Nunca fazer chantagem emocional com as crianças e ou nunca dizer mal do outro.
Apesar de a cada dia se tornar mais comum, o divórcio do casal é sempre um processo doloroso para todas as partes. Mas penso que o que destabiliza o estado emocional dos filhos não é tanto a separação, mas sim, como a mesma é gerida e vivida.
Tudo muda em todos. Mas pode ser mais ou menos minimizado e mais ou menos ultrapassável dependendo sempre das circunstâncias, e da maturidade do casal e dos filhos…
Quanto menos anos tiver a criança, mais dificuldades terá e mais perguntas apresentará do porquê da separação dos pais.
Uma criança até aos seis anos assim que toma conhecimento da separação dos pais, o mais provável é que na cabeça dela surgirá uma grande confusão, pois a mesma ainda não entende. Cresceu a ver os pais juntos e poderá entrar num processo de negação e que a situação se altere. O normal será reclamar da ausência de um deles. Normal também será que peça para morarem juntos novamente. O processo de separação terá que ser gerido nesta fase. Tem que ser em conjunto a fazerem todos os esforços para que a criança entenda e que o que estão a fazer é mesmo necessário.
Depois dos seis anos e até por volta dos dez, tem tendência aparecer sentimentos de rejeição, e até aquelas fantasias de reconciliação.
Pode surgir aqui aqueles momentos de raiva, tristeza e nostalgia por um deles ter ido embora. Como sempre, nada aconselhável haver conflitualidade na separação. É nesta fase que muitas crianças ganham a responsabilidade de olhar pelos irmãos mais novos, sendo uma responsabilidade pesada e desaconselhável para tão tenra idade.
A fase dos dez aos treze anos pode surgir sentimentos de vergonha do comportamento dos pais e incompreensão pelo sucedido. Aqui muita atenção para não surgir descontrole dos hábitos.
Chegados à adolescência também pode ser complicado.
Pode surgir um amadurecimento precoce e querer substituir o pai.
O que pode levar a não cumprir normas nem acatar ordens. Estar atentos com álcool, drogas, etc.
Cada caso é um caso. A diversidade das experiências vividas pelos filhos depois da separação dos pais, também pode ser positivo. Por vezes superam a crise familiar, saindo bastante fortalecidos e maduros tanto ou mais que os filhos que pertencem a famílias em que não existe separação.
parabéns, muito bom o texto.
ResponderEliminardá exemplo de como são os filhos de pais separados, mas devo dizer , que graças a Deus,há separações amigáveis, e em que os pais já separados, reúnem forças para um bem maior, os filhos, sempre.
Muito obrigado, Lúcia Maria.
ResponderEliminarTal como dizes, "... Os filhos, sempre."