José António Pinto no seu discurso DR |
José António Pinto, assistente
social da Junta de Freguesia de Campanhã, no Porto, foi um dos homenageados no
âmbito do Prémio Direitos Humanos, anualmente entregue pela Assembleia da
República, tendo aproveitado para dedicar a medalha de ouro dos 50 anos da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, aos seus utentes e aos seus pobres.
Perante uma plateia de várias
dezenas de pessoas, entre a presidente da Assembleia da República, Assunção
Esteves, o júri do prémio e vários deputados, o assistente social disse estar
disposto a trocar aquela medalha de ouro por outro desenvolvimento económico: “Deixo
ficar esta medalha no Parlamento se os senhores deputados me prometerem que, futuramente,
as leis aprovadas nesta casa não vão causar mais estragos na vida daqueles que,
por terem deixado de dar lucro, são hoje considerados descartáveis”, disse o
homenageado.
Fortemente aplaudido, aproveitou
ainda para lembrar que enquanto falava, “mais de 120 mil pessoas deixaram já
Portugal, cerca de meio milhão de crianças perdeu o abono de família, 140 mil
jovens estão desempregados e a maior parte dos idosos recebem uma reforma miserável”.
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