“Vila Real,
oh que linda és
Tens o Corgo
aos pés, em adoração
Vila Real,
como és gentil
Canta-te
Cabril, beija-te o Marão.”
Alina Sousa Vaz DR |
Não é da cidade
propriamente dita que nos queremos ocupar nesta crónica. Hoje, a nossa abordagem
recai na tónica do DESPORTO, a sua importância no desenvolvimento de uma
cidade.
Se é inquestionável a relevância do desporto para a
qualidade de vida quotidiana dos cidadãos e das comunidades, também no capítulo
da economia, o desporto é atualmente um sector em clara afirmação.
Apesar de
não se verificarem disponíveis muitos dados estatísticos sobre o seu contributo
efetivo ao nível da estrutura económica, reconhece-se que o desporto pode
potenciar o desenvolvimento local e, designadamente, a geração de emprego, quer
por via do seu dinamismo próprio, quer por via da sua articulação com outros
sectores produtivos como são, desde logo, os do turismo e do lazer. Como se
trata de um assunto com benefícios económicos pouco evidentes a curto prazo,
por vezes é descurado, ficando refém da sensibilidade de quem coordena tal
sector.
Como tenho vindo a proferir noutras estâncias, o
desporto eleva nomes e transmite alma a quem o pratica. O desporto fomenta
sentimentos! Quero com isto dizer que a cidade de Vila Real necessita
urgentemente de crescer neste âmbito de forma sólida e consistente para que as
populações possam ter mais um motivo de orgulho da sua cidade. Louvemos as
associações e os clubes, mas o desporto não pode crescer como se de uma casa individual
se tratasse onde as atividades desportivas andam ao sabor de pequenas
rivalidades que parecem não fazer qualquer sentido. A autarquia deve, sem
dúvida, apoiar os projetos já existentes, mas é primordial haver coordenação e um
fio condutor para um futuro desportivo promissor se consolidar na cidade de
Vila Real.
É urgente um plano viável que sirva a sociedade
vila-realense no seu todo e não persistir em erros que dotem a cidade de
infraestruturas que sirvam poucos ou nenhuns.
Seria ótimo um jovem poder iniciar uma prática
desportiva e levá-la a um patamar competitivo elevado, se assim o desejasse.
Neste momento, são poucas ou nenhumas as modalidades que permitem tal situação
o que indica que há um longo caminho a percorrer. Chamem os clubes, as
associações, juntem os técnicos e decidam o melhor para a cidade. Só desta
forma Vila Real sairá do anonimato ao nível desportivo, até lá apenas vamos
dependendo da boa vontade e da carolice de alguns.
A MUDANÇA estará para breve?
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