Apoiar causas, reagir a medidas do Governo ou comentar a vida de figuras públicas. A rede social criada por Zuckerberg a 4 de Fevereiro de 2004 é hoje um pouco como o "café da esquina".
Jornal Público, JOÃO PEDRO PEREIRA
Há
pessoas que se incomodam muito com o que os outros publicam no Facebook. E eu
não entendo
(bem) porquê.
Anabela Borges DR |
Isto,
no fundo no fundo, é uma espécie de coletividade. E cada um de nós deverá
assumir a sua postura face aos interesses na utilização desta comunidade de
povo que é o FACEBOOK. Sabemos que nem todos partilham, gostam, comentam, ou
publicam temas e imagens do nosso agrado. Mas isso seria impossível de
acontecer, no Facebook como na vida.
Eu
vejo mais ou menos três tipos de facenautas:
Os
que passam praticamente despercebidos, espreitando os outros por detrás das
cortinas como vizinhas bisbilhoteiras. Não comentam, não “gostam”, não publicam,
nem partilham…não fazem nada, só espreitam, mas andam por lá, num voyeurismo
irritante; quase ninguém dá por eles, mas, ao que parece, são muitos.
Há
os que têm como objetivo mostrar / promover / divulgar ações, atividades,
assuntos de cariz profissional ou não, pessoal ou não, familiar ou não.
Por
fi, os que, basicamente, convivem (nos moldes que a plataforma permite) com
amigos, virtuais ou não, pendendo mais empatia para uns do que para outros,
como é natural no Facebook como na vida.
Eu
só sei que não me enquadro, seguramente, no primeiro grupo, mas esses são tão
livres de andar por lá como são todos os outros, à partida.
Quando
vejo publicações que não aprecio, simplesmente NÃO AS APRECIO. Quando me
aparecem à frente, deixo que me passem ao lado. Nisso, temos de admitir, o
Facebook é muito prático: se gosto, GOSTO; se quero comentar, comento; se quero
dar a conhecer, dou; se não quero, não dou; partilho só o que quero… Se não
gosto mesmo nada, SOU LIVRE – normalmente, ignoro.
E
não me indigno. Eu só me indigno quando me fazem comentários impróprios. Nesse
caso, procuro assegurar que não voltarão a repetir-se.
Se
as pessoas partilham o que gostam, “chavões”, frases feitas ou não, se apelam à
religião, se partilham momentos pessoais ou profissionais, se dão erros ou não
dão erros… O que importa? As pessoas têm o direito de serem felizes, no
Facebook como na vida.
Mas
isto sou só eu a pensar, que isto, quer queiramos quer não, anda tudo ligado.
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