sábado, 19 de outubro de 2013

INFINITO ENQUANTO DURAR A SAUDADE

Vinicius de Moraes
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O boémio, do cigarro companheiro e da noite amigo chegado. O mulherengo, da Garota de Ipanema e de tantas mulheres. O dono do Whisky, o seu "cachorro engarrafado". O Vinicius, desregrado que fez das casas abertas regra, completaria hoje 100 anos de vida.
Foi numa madrugada chuvosa no Rio de Janeiro que o mundo conheceu Marcus Vinitius da Cruz e Mello de Moraes, ou, simplesmente, Vinicius de Moraes
Ao longo dos seus 66 anos de vida, com formação em Letras e em Direito, “o poetinha” foi escritor, dramaturgo, letrista, poeta e diplomata.
Vinicius cresceu num ambiente musical. Embora não fosse músico, o pai, funcionário da prefeitura do Rio de Janeiro, também era poeta e violinista amador, a mãe era pianista amadora. A vocação artística foi demonstrada desde cedo. Publicou o seu primeiro livro “Caminho para a Distância” em 1933, quando tinha 20 anos. 
Bebido de amor com travo a Whisky, Vinicius casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Chico Buarque chegou a dizer, no documentário sobre o escritor, que o amigo procurou, mas não encontrou necessariamente o amor.
Além da vasta obra literária, Vinicius colaborou para criar a Bossa Nova, ao compor “Chega de Saudade”, na década de 50, em parceria com João Gilberto e Tom Jobim, com quem assinou alguns dos seus principais sucessos, como “Garota de Ipanema”, “Eu Sei Que Vou Te Amar”, entre outros. 
O poeta trabalhou ainda ao lado de nomes como Baden Powell, com quem criou os “Afro Sambas”, Edu Lobo, Carlos Lyra e, mais tarde, Toquinho. Nessa altura já tinha sido demitido pela ditadura militar do cargo de diplomata do Itamaraty, onde trabalhou de 1943 a 1969, representando o Brasil em diversos postos pelo mundo.
A vida intensa e desregrada trouxe-lhe complicações de saúde. Em abril de 1980, Vinicius sofreu uma cirurgia para instalação de um dreno cerebral para conter um derrame. A recuperação não foi completa. Na noite de 9 de julho de 1980, morreu aos 66 anos na sua casa no Rio de Janeiro. 
Chegou a saudade.



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