terça-feira, 4 de julho de 2017

REVOLUÇÃO SILENCIOSA

RUI CANOSSA
Já reparou como Amarante está diferente? Como voltou a estar no mapa do turismo em Portugal? Pois é, eu chamo-lhe revolução silenciosa mas podia chamar-lhe gestão estratégica. Agora há uma linha de rumo para o nosso Concelho. E uma das grandes mudanças estratégicas tem a ver com o turismo.

No dia 30 de setembro do ano passado tive o grato privilégio de poder estar presente no lançamento da primeira pedra da construção das Termas de Amarante que considero um investimento estratégico, aquilo que os economistas chamam de indústria industrializante, ou seja, a aposta num determinado investimento, no caso de 1.6 milhões de euros, que terá o condão de arrastar toda a economia local, desde o alojamento, restauração, serviços e comércio local.

Aliada a esta importante obra estratégica está o aproveitamento dos fundos comunitários de apoio que têm como objetivo a requalificação do Largo Conselheiro António Cândido depois da aprovação da ARU – Área de Regeneração urbana. Alías, já são 4 as ARU aprovadas, pois Amarante não é só o centro urbano. Para melhorar a rede de iluminação a Câmara viu aprovada a candidatura ao Programa Operacional Temático de Valorização do Património, uma aposta no desenvolvimento sustentável através das Energias renováveis e eficiência energética. Com a aprovação do Plano de Ação para a Regeneração Urbana e do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável foi possível um apoio de 5.2 milhões de euros. Isto é estratégia. É uma nova atitude face à visão do que se quer para a nossa terra. Uma visão integradora das nossas potencialidades do nosso património natural e cultural, mas sobretudo das nossas gentes e nas suas competências. A aposta na marca Amarante, através de investimento público na exata medida para promover o investimento privado, promovendo o emprego, a solidariedade e a coesão económica e social que sempre é e será a ideologia social-democrata. 

É estratégia, quando se tem Sidónio Pardal, talvez o maior arquiteto paisagista português, a desenhar o Parque Linear de Amarante, é estratégia quando se tem Siza Vieira e Souto Moura, dois prémios Pritzker, a requalificarem dois dos mais importantes edifícios de Amarante. É estratégico devolver as marchas populares às Festas do Junho. É estratégia a afirmação da marca Amarante através de eventos de animação cultural e turística como o Há Fest – festival de juventude, o Band´Arte – festival de bandas para jovens talentos de Amarante, o MIMO – festival internacional que outras cidades queriam mas veio para cá, onde se promove a ponte cultural entre Portugal e Brasil, o nosso património e coloca Amarante além fronteiras. Sem falar no elevado retorno financeiro que gera. É estratégico trazer o Rally de volta à nossa terra. Não só pelo retorno económico mas pela visibilidade que deu a Amarante. Em 2016 o Rally de Portugal foi o mais visto de todos no Campeonato Mundial de Rallies, ou seja, como tínhamos o maior troço significou maior tempo de antena, maior contacto. É estratégia apostar no vinho verde através do Universo Vinho Verde Amarante – UVVA e na feira dos doces conventuais.

É estratégia apostar na promoção da economia e do investimento privado. A agência de Planeamento estratégico, que depois de um período de planificação cuidada, lanço há pouco tempo a plataforma de apoio às empresas e à captação de investimento – InvestAmarante – que já conseguiu 60 intenções de investimento num valor global superior a 35 milhões e criação de 500 postos de trabalho.

E ainda é estratégia apostar num desenvolvimento para Amarante assente numa gestão das contas públicas rigorosa e eficaz. Gestão estratégica é adequar recursos escassos às necessidades ilimitadas, procurando eficiência e eficácia. Gerir é trabalhar mais, mais obra feita e ao mesmo tempo reduzir ao endividamento. E esta gestão tem uma equipa, um líder e um nome – José Luís Gaspar.

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