quarta-feira, 1 de março de 2017

REDES SOCIAIS E DEMOCRACIA

ARMANDO FERREIRA DE SOUSA
Após a polémica que envolveu a recente eleição do presidente dos Estados Unidos da América, nomeadamente quanto à alegada intervenção da Federação Russa, realizada através de uma série de ciberataques, uma nova e assustadora polémica se avizinha.

De facto, a confirmar-se a possibilidade de uma campanha extensiva de ciberataques e de ciberpropaganda ser suscetível de manipular a opinião pública e o sentido de voto dos eleitores, apenas nos resta confirmar, aqui e agora, o falhanço total das Autoridades em detetar e combater uma ameaça deste tipo.

Não é de todo admissível que um estado estrangeiro tenha esta capacidade de intervir em eleições democráticas. E se não é admissível a sua ação deliberada, muito menos é admissível a inação das autoridades nacionais quanto à proteção dos seus atos eleitorais.

Mas convenhamos, esta proteção não se nos apresenta nada simples, pois, se por um lado podemos sempre proteger os nossos sistemas informáticos, por outro lado, o mesmo já não poderá ser dito quanto à educação de toda uma população para a deteção de campanhas de disseminação de notícias falsas e de manipulação de massas através das redes sociais.

E agora esta mesma ameaça bate à porta da Europa, com a proximidade das eleições Francesas, e com a crescente popularidade da Frente Nacional de Marine Le Pen, preocupação aliás já manifestada pelos serviços secretos Franceses.

É todo o projeto europeu que agora está ameaçado pelo Sr. Putin!

Vivemos novos tempos e curiosamente, a sociedade civil assobia para o lado!

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