quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A IMPORTÂNCIA DO DINHEIRO NA FAMÍLIA

MÁRCIA PINTO
Dinheiro é poder? A maioria responderá que sim! E, desta forma, é necessário usá-lo da melhor maneira para que ele proporcione a construção de uma família mais feliz e unida. Infelizmente, na maioria das vezes, o que ocorre é precisamente o inverso!

Contudo, é importante também levar em consideração que as pessoas precisam de uma identidade profissional, além da energia e do sentido de realização que vem do trabalho. Para alguns sortudos, a escolha entre um trabalho que o consome as 24 horas do dia e outro que acaba ao final da tarde é fácil, principalmente se a falta de dinheiro não é um problema.

Assim, todas as famílias têm os seus próprios significados do uso do dinheiro. Cada família tem situações internas, conscientes ou não, que definem o valor que o dinheiro tem, a importância dele, a forma que se deve ou pode lidar com ele.

Essas definições são orientadas pelos mitos familiares, regras familiares, valores e questões multigeracionais. Muitas questões e dificuldades emocionais podem ser depositadas no dinheiro, tornando-se desta forma um elemento muito importante na vida das pessoas.

Desta forma, um dos problemas mais comuns vivenciados pelas famílias abastadas é a falta de tempo e de diálogo entre as pessoas. Os pais tentam compensar a sua ausência frequente, sempre relacionada com as longas jornadas de trabalho, dando presentes caros aos filhos, faltando-lhe como o mais importante que é o amor, a atenção e a segurança emocional necessária para o seu desenvolvimento.

Deste modo, muitas vezes os filhos tentam chamar a atenção dos pais com atos de rebeldia e quando a estratégia não funciona, gastam mais do que o combinado para o mês, ultrapassando o limite do cartão de crédito, ou semanada, e a conta do telemóvel.

Não há dúvida de que as pessoas que têm um bom salário, têm uma vida tranquila, podem ter mais facilidade para alcançar a qualidade de vida e a felicidade. No entanto, há pessoas que com grandes salários vivem enfiados nos escritórios, sem lazer e sem família, sem tempo para nada e deste modo, são mais infelizes. Ambos os aspetos devem ser considerados ao tomarmos alguma decisão.

Quando precisamos fazer uma opção entre o dinheiro e a família é provável que algumas pessoas consigam optar mais facilmente pelo dinheiro, com a desculpa de que é o melhor para o bem-estar de todos. No entanto, questiono: essas pessoas são felizes? Nesse caso, é notória a necessidade de um pensamento estratégico com o fim de conciliar o dinheiro e a família. Tal pensamento é essencial para que tenhamos qualidade de vida e consequentemente alcancemos a verdadeira felicidade.

A vida não é só trabalho, tente encontrar mais tempo para fazer as coisas que mais gosta. O indivíduo que consegue equilibrar trabalho, família, atividades sociais e lazer, vive mais e melhor. Organize a sua vida e pense no futuro sem ficar escravo da necessidade de angariar mais e mais dinheiro. Não há dúvida que precisamos encontrar mais tempo e não só mais dinheiro, pois, em geral, não teremos tempo para gastá-lo em momentos de lazer. Procure algo para além do trabalho, responsabilidades e dinheiro, como por exemplo a sua família!

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