segunda-feira, 22 de agosto de 2016

OSTEONECROSE DE FREIBERG

FÁTIMA LOPES
A doença foi descoberta por Freiberg em 1914 e caracteriza-se por dor persistente sobre as cabeças metatarsais centrais geralmente no segundo metatarsiano; inicialmente acompanhada de edema local e incapacidade funcional parcial coincidindo com o desaparecimento da cartilagem.

A doença incide mais no sexo feminino do que no masculino numa porção de 3:1 e ocorre na segunda década de vida.

Freiberg propôs o desenvolvimento da doença devido a um traumatismo, no entanto há quem defenda tratar-se de uma alteração circulatória com consequente necrose na epífise do metatarso. 

Assim a hipótese de microtraumatismos repetitivos por sobrecarga dos metatarsos centrais devido a: insuficiência do 1.º raio, atividades profissionais como (bailarinas, atletas de corrida e salto) e os próprios aspetos sociais como utilização de sapato de tacão alto contribuem para o desenvolvimento da doença.

Por outro lado a isquemia da artéria nutrícia pode ser provocada por embolia, traumatismo ou compressão latero-medial. A segunda cabeça metatarsal é a mais afetada seguida da 3ª e 4ª sendo muito pouco provável na 5ª e inexistente na 1.ª.

OSTEONECROSE DE FREIBERG
A radiologia ao Pé nesta patologia é fundamental para se observar qual a fase da evolução da doença sendo que a primeira fase é a mais dolorosa e as seguintes 2ª e 3ª fase são observáveis sinais de cabeça metatarsal aplanada e invertida o edema desaparece e a artrite existente anteriormente evoluiu para artrose. Na 4ª fase a base da falange também é afetada acabando a articulação anquilosada.

O tratamento de eleição é ORTOPODOLÓGICO com a aplicação de uma ortótese plantar personalizada, afim de evitar as deformidades que surgiriam pelo esmagamento da região e recuperação. No entanto o tratamento conservador em casos muito particulares; pode não ser o suficiente e o quadro clínico progredir principalmente com a utilização de saltos altos ou prática de atividades desportivas muito exacerbadas optando-se assim pelo tratamento cirúrgico cujo objetivo é a colocação de enxerto ósseo esponjoso na região subcondral de necrose da cabeça do metatarso ou também se pode efetuar uma osteotomia.

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