sábado, 20 de agosto de 2016

O QUE É « NACIONAL» É BOM

CRÓNICA DE ANTÓNIO REIS, PÃO TRANSMONTANO

Osvaldo Cachinho pretende investir três milhões de euros num arrojado projeto gastronómico no interior de Portugal, a menos de dez quilómetros da vila do cavaleiro “magriço” (Pendeono).

Seguíamos da cidade de Viseu em direção ao Douro quando fomos surpreendidos por um javali a que ameaçava saltar da varanda de um restaurante. A cerca construída em madeira, esplanada do restaurante “ o nacional” na freguesia de Valongo dos Azeites, bem poderia servir de pasto para o animal. Mas, não! Paramos e não resistimos a fotografar o dito “animal”. Não era embalsamado, mas sim uma réplica em plástico ali colocada com a única finalidade de marketing ao restaurante. Tal como nos foi dito peço proprietário da “estátua” e do restaurante “O Nacional”. A carne de javali que aqui se come é de animais bravos com origens das batidas na região da Beira Alta e Douro”, disse Osvaldo Cachinho.

No restaurante “O Nacional” o cliente não tem muito por onde escolher, nem ficar baralhado com uma imensidão de pratos inscritos no cardápio: três; no máximo quatro escolhas. Quem entra pela primeira vez de certeza que sai com vontade de voltar a provar as iguarias da época e degustar os grelhados confecionados mesmo ali à frente dos clientes: Javali, vaca e porco são nacos de carne que não faltam na bancada de apoio ao grelhador. Tudo animais criados na forma mais selvagens possíveis e abatidos segundo as regras legais.

Nas duas salas interiores, com capacidade para mais de 50 pessoas, a esplanada alberga mais de 150 lugares sentados, onde podemos encontrar decorações distintas; onde as madeiras e granitos, explorados por terras do “magriço”e trabalhadas por escultores locais, decoram toda a área disponível ao publico.

Num relaxante e apetitoso almoço composto por umas costeletinhas de javali, acompanhadas por suculentas batas e pão milho. Juntamos o vinho recomendado pelo proprietário. Um vinho particular que em nada se ficava à margem dos melhores DOC, pelo módico preço de €4

Em média uma refeição pode custar €11 por pessoa.

Osvaldo Cachinho, ex-candidato à presidência da Câmara Municipal de Penedono, afirma que não quer ficar à “sobra” do já próspero negócio da restauração. Segundo o empresário há muito que quis investir em Valongo dos Azeites, mas por motivos alheios à sua vontade os projetos que tem submetido às entidades competentes têm sido reprovados. Mesmo com os vários recursos judiciais. Agora, afirma que neste negocia o deixem investir, “caso contrário quem fica a perder é o interior do país e Portugal”, garante.


Orgulhoso e crente no seu novo projeto, Osvaldo Cachinho garante que pretende investir três milhões de euros numa freguesia onde modo de subsistência essencial das gentes locais é o vinho e o azeite. “Este é mais um arrojado projeto. Espero que não tenha impedimentos como tantos outros que prejudicaram a região e Valongo dos Azeites. Irei criar vários postos de trabalho diretos e indiretos. E tenho a certeza que vou conseguir trazer muita gente a esta terra e à região”. Afirmou.

Recorde-se que em 2014 o restaurante “O Nacional” foi o "quartel-general" de toda a comunicação social nacional e internacional que estive envolvida na cobertura da mais celebre fuga que alguma vez aconteceu em Portugal, durante quase dois meses, de um suspeito de crime – Manuel Palito.

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