quarta-feira, 31 de agosto de 2016

HEPATITE

MARIA DO CÉU OLIVEIRA
Hepatite é um termo que significa inflamação do fígado e pode ocorrer em pessoas de ambos os sexos de todas as idades e etnias.

Existem várias causas para a hepatite:

· Vírus

· Excesso no consumo de álcool.

· Medicamentos e drogas.

· Doenças autoimunes


Hepatites Virais:

São cinco as hepatites virais: A, B, C, D e E, sendo que as três primeiras ocorrem com mais frequência.

· Hepatite A

Altamente contagiosa, a sua transmissão é do tipo fecal - oral, ocorrendo contaminação direta de pessoa para pessoa ou através do contacto com alimentos e água contaminados. É mais comum onde as condições sanitárias são precárias.

Uma vez infetada a pessoa desenvolve imunidade permanente. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal-estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdómen, náuseas, vômitos e diarreia.

A hepatite A costuma ser menos grave que a B ou a C. Quando contraída em criança, pode passar despercebida. Nos adultos costuma ser mais sintomática. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das condições sanitárias, bem como pela vacinação

· Hepatite B

Transmitida através de sangue, agulhas e materiais cortantes contaminados, bem como através das relações sexuais. É considerada uma doença sexualmente transmissível. Pode passar também de mãe para filho no momento do parto.

A hepatite B pode cronificar e provocar cirrose, falência e cancro hepático. A prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais e evitando materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Existe vacina para hepatite B, que é dada em três doses intramusculares.

· Hepatite C

Apresenta as mesmas vias de transmissão que a hepatite B. Pode provocar neoplasia maligna do fígado se evoluir para um estado crónico.

A prevenção é feita evitando-se o uso de materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis.

Não existe vacina para a hepatite C pelo que é considerada como um problema de saúde pública, e das maiores causas de transplante hepático.

· Hepatite D

Geralmente encontrado em pacientes portadores do vírus HIV, está mais relacionado à cronificação da hepatite e também ao hepatocarcinoma.

· Hepatite E

Transmitida através do contato com alimentos e água contaminados. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal-estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdómem, náuseas e vômitos.

Pode ser prevenida através de medidas de higiene, devendo ser evitado ingerir alimentos e bebidas de origem duvidosa.

Hepatite Alcoólica

O álcool é reconhecidamente uma droga hepatotóxica. A hepatite alcoólica é uma síndrome associada ao consumo prolongado e excessivo de álcool. Como toda hepatite crônica, também pode evoluir para cirrose e falência hepática.
Hepatite Autoimune

Este tipo de hepatite surge devido a um mau funcionamento do nosso sistema de defesa que deveria atacar somente vírus, bactérias e outros invasores, mas que, inapropriadamente começa atacar também as células do fígado.

Se não for tratado a tempo, a hepatite autoimune leva a um quadro de hepatite crônica que progride com cirrose e falência hepática.

Hepatite Por Drogas

O fígado é um dos principais órgãos responsáveis pelo metabolismo e excreção de medicamentos e produtos tóxicos, podendo ser danificado por eles nesse processo.
Existe um grande número de drogas que são hepatotóxicas, podendo causar a hepatite.

Também pode ocorrer inflamação do fígado secundário ao uso de alguns medicamentos.

Esta situação pode ocorrer também com “medicamentos naturais”, utilizados inapropriadamente, que muitas vezes não apresentam os benefícios alegados e ainda podem levar a lesões hepáticas graves.

As Hepatites virais podem ser agudas ou crónicas, sendo que parte das Hepatites agudas, curam-se. No entanto, algumas podem evoluir para Hepatite crónica. Chama-se crónica à Hepatite que não cura ao fim de 6 meses. Esta pode dar origem a cirrose e, mais raramente, a cancro do fígado.

Quando o risco é grande, a aposta na prevenção passa a ter mais importância.

Face a uma suspeita deve-se ter sempre em conta as medidas preventivas.

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