domingo, 3 de julho de 2016

THE EUROPEAN CLOWNS (EM INGLÊS, AGORA QUE VAI DEIXAR DE SER LÍNGUA OFICIAL DA UE)

PAULO NETO
São muitos os palhaços a fazerem de europeus ou os europeus a fazerem de palhaços.

Desde um báquico presidente da UE, um tal Jean-Claude-“lux-en-bourgeois” que faz umas macaquices quando está “eufórico” com o “bourgogne” e o “riesling”, felizmente sem grandes consequências e até alguma positividade, pois dão para percebermos o substrato moral de quem hoje manda na Europa e o estofo destes “grandes estadistas”…

… Até um mais grave e tenebroso Wolfgang (gangue do lobo?) Schäuble, ministro das finanças de uma Alemanha que arrota milhões às postas, mas não dilucida com clareza os escândalos mundiais de marcas de automóveis icónicas do seu país, que defraudaram milhões de compradores em todo o mundo, nem se vira para dentro, numa endogenia humilde, para enfrentar casos como, por exemplo, o do Deutsche Bank, que em 2015 teve mais de 7 mil milhões de euros de prejuízo.

É claro que se vê melhor o orgalho no olho do outro. Por isso, este temível Schaüble, sempre que pode ataca com fel e fereza Portugal, sem ter coragem de se virar contra a França ou contra a Itália ou contra a Espanha… para não irmos mais longe. Age como um autocrata arrogante, de passado financeiramente escandaloso e imoral, sendo hoje com Merkel o rosto teutónico, do ódio, da raiva, da frustração, pós 1918/1945.

Mas seria também lógico constatar com justificadíssimo alarme o estado de alguns bancos-âncora como o HSBC Holdings e o Crédit Suisse, entre outros. Porém, Portugal está sempre mais à mão de semear .

E até um "etíope-mangas-de-alpaca" do FMI, um tal Subir Lall, nos vem dar ordens e ditar comportamentos e acções a-sociais, contra os tão penificados, castigados e doridos portugueses.

Ou um tal quase anónimo emergido Klaus Regling, director do fundo de resgate europeu (EFSF), já também a ajudar à festa, atordoando na pele cava do bombo tenso.

A Itália precisa de 150 mil milhões… bah, peanuts. A Itália é rica… tem o Vaticano, tem a Camorra, tem Veneza…

Contudo, quando um “faz-de-contas-que-é-sabujo” como Mariano Rajoy, esse milagre de S. Tiago, já muito preocupado com as posições da Escócia face ao Brexit – dói-lhe em casa a possível independência em bola de neve da Catalunha, do País Basco, da Andaluzia, da Galiza e etc. – vem também soar ventosidades flatulentas na trombeta do hino “Portugal que pague as favas”, ele, que está empenhado até aquelas orelhas escarlates de PP-trauliteiro, percebemos que o eventual sucesso de um governo alheio às suas ultramontanas cores lhe causa problemas cromático-oculares de difícil superação. Além dos pesadelos e das aberrações daltónicas inerentes.

Essencial parece ser encontrar um bode expiatório para desviar as atenções da decadente e esboroada Europa Unida (?). A Grécia já serviu parcialmente para o efeito. Agora, periférico e à mão de semear, vem o Portugal soçobrado a meia década “austeritária”, para continuar mantido de gatas, bota no cachaço, a comer as migalhas sobrantes da lauta e opípara mesa dos donos-disto-tudo.

Que são também os maestros da comunicação social mundial que ecoa e toa a verdade da voz do dono, de coluna vertebral totalmente fracturada à subserviência desonesta e vil do ganha-pão quotidiano, amassado com o farelo das inverdades ou o joio das mentiras.

Uma Europa de biltres, bêbados e agiotas, uma espécie de orwelliana e premonitória quinta onde, afinal, da ficção se passou à triste e consumada realidade de “O Triunfo dos Porcos”, ou “Animal Farm”, mas de expectativas anchamente ultrapassadas.

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