sábado, 4 de junho de 2016

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA EM IDOSOS

VÍTOR ALVES
Devido ao aumento considerável e gradual da longevidade no mundo e em Portugal, ações de promoção de saúde e de educação específicas para adultos idosos são fundamentais e socialmente pertinentes. Portugal, à semelhança dos outros países, apresenta uma população cada vez mais envelhecida segundo o INE.

A OMS e a Comissão da União Europeia consideram de grande importância todas as medidas, políticas e práticas, que contribuam para um envelhecimento saudável.

Mas será que essas medidas estão a ser colocadas em prática?

A sociedade atual terá de modificar comportamentos e posturas, formar profissionais de saúde (ou aproveitar e dar a oportunidade aos muitos bons profissionais desempregados e já habilitados/formados para o efeito), adaptar os serviços de saúde e de apoio social às novas realidades sociais e familiares que acompanham o envelhecimento.

A nível psicológico o envelhecimento apresenta alterações, nomeadamente, no desempenho cognitivo, afetivo e social. Os idosos demonstram dificuldades em adaptar-se a novos papéis, a novas situações e a mudanças repentinas; gerir perdas afetivas e sociais; preservar o humor e em manter um estado psicológico normal. Resumidamente essas perdas são maioritariamente a nível cognitivas: memória, atenção, capacidade preceptiva e espacial, funções executivas e a velocidade de processamento; a nível afetivo a depressão e os sentimentos de solidão estão muito presentes.

Assim seria de elevada importância, pensar em estabelecer programas de estimulação Neuropsicológicos para os nossos idosos proporcionando uma rede de suporte e apoio, um espaço acolhedor para falar sobre as suas vidas, troca de experiências, o que iria beneficiar os relacionamentos interpessoais, a qualidade de vida, a auto-estima e auto-confiança, bem como a diminuição de sentimentos de impotência e solidão. Segundo alguns autores essa implementação traria vantagens emocionais, sociais e emocionais.

Deveríamos deixar os nossos idosos sem este tipo de apoio? De pensarmos que já contribuíram com tudo à sociedade? E que tal a sociedade retribuir/contribuir a que haja um envelhecimento saudável e com qualidade?

“Saber envelhecer é a grande sabedoria da vida”
Henri Amiel

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