sábado, 28 de maio de 2016

O VALOR DA VIDA HUMANA

ANTONIETA DIAS 
Quanto maior for o nosso conhecimento sobre a consciência e o valor da vida humana mais se saberá sobre o problema duro da integração da lógica no exercício da nossa atividade e sobre o porquê da consciência como um todo.

A solução do sofrimento humano não depende do conhecimento disponível e indubitável que as teses de detalhe pertinentes ou não nos possam dividir entre a defesa do Ser Humano e do parecer.

As hipóteses e as soluções dependem do conhecimento que se possui de todas as partes que constituem e que consolidam o sentimento da dignidade da vida humana.

O cérebro humano é o mensageiro da Paz, é ele que interpreta e sustenta as nossas decisões.

A fronteira entre o conhecimento e a ignorância definem a estratégia para o avanço e convicção do argumento e da compreensão entre as variantes expressas que solidificam os pareceres dos defensores das teses cujo enunciado "Eutanásia " pode determinar a que a consciência humana a expresse com a palavra "sim" ou a convicção firme do "não ".

Não é a estrutura material empobrecida pela ausência do complemento espiritual que recortará em unidade do tempo o direito que nos foi conferido à Vida.

Por mais esclarecedores que sejam os enunciados intelectuais, a estratégia por defeito não conseguirá destruir a consciência dos hemisférios neuronais que a evidência científica nos atribui.

Não é possível solucionar um problema se afastarmos a convicção da razão e da investigação do "fluxo da consciência ".

Não existem interpretes, muito menos mensageiros que consigam expressar a nossa emoção e decisão sobre a integridade da nossa própria consciência.

Nem mesmo o pensamento medieval categorizava a complexidade de uma forma tão geral, logo as hipóteses de solução não podem ser reduzidas a um único valor "aliviar o sofrimento pela aplicação do fenómeno da Eutanásia ", excluindo todas as outras hipóteses de solução pertinentes cuja variedade disponível não constitui um problema mas sim uma resolução que contempla a defesa da integridade física e espiritual.

Mesmo que por meros segundos tentássemos ver o Ser Humano sem consciência, não conseguiríamos afastar-nos do diálogo contraditório do comportamento sem alma.

A nossa mente é inseparável do Amor que dá Vida.

Os seres humanos não são blocos que se possam recolocar no espaço com o pressuposto que o sucesso determina a vida e o insucesso a morte.

Não existem generalizações coletivas compatíveis com o direito individual e consagrado na Defesa da Vida.
Não existem estruturas artificiais nem sequências temporais que permitam determinar os períodos da vida.
Mesmo que tentássemos construir uma sociedade "ad hoc", os processos de incoerência seriam tais que por melhor que fosse a narração, o diálogo acabaria por ser surpreendentemente contraditório.

A ideia de que a Eutanásia seria a resolução possível para um fenómeno tão complexo que integra o dever de preservação da vida, não é conciliável nem aceitável a existência de um regulamento /legislação contranatura.

O direito à vida é um direito fundamental do homem.

Não podemos ficar alheios aos valores e direitos básicos consagrados nos Direitos Humanos que pertencem a todos os seres humanos. "Desde o direito à vida, a liberdade do pensamento, da expressão, da crença religiosa, do direito à saúde, ao trabalho, à educação, à paz, ao progresso..."

A Declaração Universal dos Direitos Hu©manos da Organização das Nações Unidas afirma que "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.

Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para os outros em espírito de fraternidade.

No dia 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral da ONU adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Em 1950, o dia 10 de dezembro foi estabelecido pela ONU como o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A Assembleia da República de Portugal, em reconhecimento à importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovou em 1998 uma Resolução na qual institui o dia 10 de dezembro como o Dia Nacional dos Direitos Humanos.

Em 03 março 2016 o Papa Francisco alertou para o risco de sobrepor interesses económicos à defesa da vida humana, transformando o " mal em bem"; durante um encontro com os membros da Academia Pontifícia da Vida, da Santa Sé."

Apoiar e defender a vida não é uma fragilidade social mas sim o cumprimento do dever de todos na aplicação do saber ético que engloba dignidade, ciência, humanidade que nos orienta em todos os momentos e decisões e que pressupõe a virtude na ética da vida.

Os seres humanos podem defender ideias e pensamentos diferentes, porém no que concerne à Vida Humana, não há comunidade científica, política, cultural, social que possa excluir o Direito à Dignidade e à Vida Humana.

Em suma, a defesa da vida humana é um dever de cada um, não pode estar dependente de "interesses económicos".

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