sábado, 8 de agosto de 2015

OS PERIGOS DO SOL

ANTONIETA DIAS
Quase todos desejamos o verão sobretudo pela possibilidade de poder usufruir da tranquilidade das férias para recuperar energias e para poder partilhar com os amigos e com a família dos encantos do mar e do sol.

Certo é que o efeito relaxante que o bem-estar gerado pelo prazer da praia pode se não respeitarmos as regras de segurança e de proteção solar transformar este reforço positivo num problema de saúde que irá quebrar a nossa esperança da tão desejada mudança de visual. 


Nem sempre o bronzeado traduz saúde e bem-estar, pois o risco pode ser maior que o benefício 


Foi na década de 1980 que começaram a despertar os primeiros sinais de alerta sobre os potenciais perigos da exposição excessiva ao sol sem proteção solar.

Até então pensava-se que o sol só trazia benefícios e era consensual que os efeitos deletérios seriam praticamente nulos.

Todavia existe evidencia científica e os estudo comprovam que a exposição solar para alem de envelhecer a pele, em qualquer fase da nossa vida, torna-se ainda mais agressiva na faixa etária antes dos 18 anos é a fase em que esta exposição ainda é mais prejudicial, porem não é só a idade., pois existem outros fatores de vulnerabilidade dos quais destacamos que os ruivos são sensíveis na aquisição de complicações originadas pelos malefícios da exposição solar inadequada cuja irradiação irá tornar a pele mais fina e mais suscetível, transformando-se num terreno fácil para o aparecimento de lesões que podem passar por lesões simples como as queimaduras, ou serem mais agressivas e predisporem o organismo ao aparecimento de lesões pré- cancerosas cujo risco potencial mais evidente é o de degenerar em cancro da pele.

Existem várias neoplasias malignas da pele, sendo uma mais graves do que outras, algumas curáveis outras não.

Referiremos apenas as mais comuns designadamente o carcinoma baso celular, o carcinoma de células escamosas e o melanoma maligno.

O melanoma maligno é a lesão mais grave e mais perigosa porque pode não ter tratamento podendo ate ser fatal.

Importa ainda referir que as lesões que surgem na pele provocadas pela exposição solar são irreversíveis. A fim de minimizar os riscos da exposição solar recomenda- se que o tempo de exposição não seja muito prolongado sendo imprescindível o uso de protetores solares com utilização de filtros solares (cremes ou pomadas que protejam a pele das queimaduras e que previnam os potenciais malefícios causados pelos raios ultravioletas (UVA e UVB). Certos filtros solares são também impermeáveis a água sendo assim possível a permanência da proteção mesmo que se façam os banhos de mar. Se mesmo assim surgir uma queimadura solar, em que nos sinais de alerta se destacam a presença de ardor ou vermelhidão a primeira atitude a tomar é abandonar de imediato a exposição ao sol e iniciar tratamento conservador com aplicação de compressas molhadas em água fria, hidratar bem a pele e aplicar loções tópicas. O tempo de tratamento necessário para a cura destas lesões é imprevisível, podendo durar alguns dias ou prolongar-se por semanas conforme a gravidade das mesmas. A pele por vezes fica demasiado sensível podendo desenvolver infeções que irão implicar o uso de antibiótico para debela-las. Sempre que a pele é queimada irá ser substituída por outra camada mais fina e mais sensível devendo evitar- se nesses períodos de revitalização novas exposições solares pelo risco de se produzirem queimaduras mais graves mais complexas que necessitarão de tratamentos mais agressivos para as combater devido ao fato da pele se manter muito mais sensível durante algumas semanas. 

Recomenda-se que os pacientes que sofram queimaduras solares sejam submetidos a uma consulta para vigilância medica. 

Os protetores solares devem ser aplicados antes e durante o período de permanência ao sol, dos quais os mais indicados são os que possuem nos seus componentes a benzofenona e o ácido paraaminobenzoico (PABA). 

Os filtros solares com fator de proteção superior a 15 são os que têm maior eficácia para impedir a radiação UV, dando-se preferência aos que contenham barreiras físicas designadamente o óxido de zinco ou o dióxido de titânio para a aplicação em zonas mais sensíveis e mais pequenas (nariz e lábios).

Em suma, os benefícios do sol são vários, porém não nos podemos esquecer de que existem regras que devem ser cumpridas para que não haja riscos na saúde.

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